CPI vai ouvir engenheiro que revelou a autoridades francesas detalhes de contas secretas

Transcrição
LOC: A CPI DO HSBC VAI OUVIR O ENGENHEIRO DE COMPUTAÇÃO HERVÉ FALCIANI NESTA TERÇA-FEIRA. FALCIANI REVELOU A AUTORIDADES FRANCESAS DETALHES SOBRE CONTAS SECRETAS DE BRASILEIROS EM UMA FILIAL DO BANCO HSBC NA SUÍÇA. LOC: O VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO, SENADOR RANDOLFE RODRIGUES ESPERA QUE O DEPOIMENTO REAQUEÇA AS ATIVIDADES DA COMISSÃO. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: A comissão Parlamentar de Inquérito que investiga denúncias de contas secretas de cidadãos brasileiros na filial suíça do banco HSBC, em Genebra, vai ouvir a testemunha do caso conhecido como Swissleaks, Hervé Falciani. O engenheiro de computação revelou a autoridades francesas que o HSBC na Suíça tinha um departamento que trabalhava para esconder as identidades e transações ocultas de seus clientes, dando apoio à evasão fiscal e à lavagem de dinheiro. Em entrevista concedida à imprensa brasileira, o ex-funcionário do HSBC em Genebra revelou que o Brasil é o principal alvo dos bancos chamados por ele de opacos, que praticam atividades ocultas. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, do Psol do Amapá, espera que Hervé Falciani dê mais detalhes sobre as movimentações de brasileiros. (RANDOLFE) Eu espero que ele entre em detalhes. Ele chegou a falar que surpreendia o número de brasileiros com contas lá. Disse que havia inclusive o financiamento de partidos através de contas na Suíça. (PAULA) Na opinião de Randolfe, o depoimento pode reanimar os trabalhos na comissão (RANDOLFE) A CPI praticamente decretou a sua morte quando desquebrou o sigilo bancário de algumas pessoas envolvidas na última reunião que ocorreu. Eu espero que o depoimento de Falciani sirva de alguma forma para reanimar a CPI. (PAULA) Já para o relator, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, os trabalhos da CPI promoveram o andamento das investigações brasileiras no caso. (FERRAÇO) Antes da Comissão Parlamentar de inquérito havia todo um corpo mole e uma ambiguidade se iniciativas e ações seriam adotadas na direção de solicitar ao governo da França que compartilhasse com o estado brasileiro essas informações. Essas informações já são disponíveis para a Receita Federal e para a Procuradoria Geral da República. (REPÓRTER) A teleconferência foi aprovada pelos senadores após a França recusar o pedido da CPI para acessar os dados de investigação do caso Swissleaks. O relator Ricardo Ferraço, afirma que já está concluindo o relatório que deve ser votado até o dia 21 de setembro. Da Rádio Senado, Paula Groba.