Paim defende derrubada de veto à MP que estende correção do mínimo aos aposentados
O Congresso Nacional pode derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff à medida que estende o reajuste do salário mínimo aos aposentados. É o que defende o senador Paulo Paim (PT-RS) que lamenta a decisão publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. O texto sancionado mantém até 2019 as atuais regras de reajuste do mínimo, que leva em conta a soma da inflação e a média do crescimento da economia. O governo argumenta que o aumento comprometeria as contas da Previdência Social.
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Transcrição
LOC: O CONGRESSO PODE DERRUBAR O VETO DA PRESIDENTE DILMA À MEDIDA QUE ESTENDIA O REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO AOS APOSENTADOS.
LOC: É O QUE DEFENDE O SENADOR PAULO PAIM, QUE LAMENTOU A DECISÃO PUBLICADA NESTA QUINTA-FEIRA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. JÁ O GOVERNO ARGUMENTA QUE O AUMENTO PODERIA COMPROMETER AS CONTAS DA PREIDÊNCIA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
TÉC: A presidente Dilma Rousseff vetou a proposta aprovada pelo Congresso Nacional que estendia a política de valorização do salário mínimo aos aposentados e pensionistas. O texto sancionado mantém até 2019 as atuais regras de reajuste do mínimo, que leva em conta a soma da inflação e a média do crescimento da economia. Durante o debate da medida provisória, os deputados e senadores aprovaram uma mudança que ampliava o benefício para os aposentados do INSS. Na ocasião, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul, argumentou que a iniciativa iria comprometer as contas da Previdência.
(Delcídio) “O posicionamento do ministro da Previdência é que essa proposta que está colocada simplesmente inviabiliza a Previdência e as contas do País. Só a correção, especialmente da previdência, considerando o salário mínimo porque não há a mínima condição de se resistir, isso aí quebra o país” (REP) Já o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lamentou o veto e disse que o reajuste das aposentadorias não prejudicaria os cofres públicos. Para ele, o Congresso deveria rever a decisão do governo.
(Paim) “Deveria, deveria, porque o Congresso não pode ter duas caras. Quando é Projeto de Lei vota favorável, quando é veto vota contra o projeto que ele mesmo aprovou. Neste caso foi por unanimidade e agora ele simplesmente, o governo veta sem consultar ninguém. É lamentável”
(REP) Os deputados e senadores devem analisar a partir de agosto 22 vetos presidenciais a projetos aprovados pelo Congresso Nacional.