Governo encaminha projeto que reduz a meta de superávit primário — Rádio Senado
Economia

Governo encaminha projeto que reduz a meta de superávit primário

22/07/2015, 20h31 - ATUALIZADO EM 22/07/2015, 20h33
Duração de áudio: 02:00
Governo encaminha projeto que reduz a meta de superávit

Transcrição
LOC: O GOVERNO ENCAMINHA PARA O CONGRESSO NACIONAL UM PROJETO QUE REDUZ A META DE SUPERÁVIT E CORTA OS GASTOS PÚBLICOS. LOC: OS ALIADOS DIZEM QUE A MEDIDA É NECESSÁRIA, JÁ A OPOSIÇÃO COBRA A DIMINUIÇÃO DE MINISTÉRIOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Ao anunciar a redução do superávit primário de 1,19 para 0,15% do Produto Interno Bruto, em valores de R$ 66,3 para R$ 8,7 bilhões, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou um afrouxamento das contas públicas ao citar um corte de R$ 8,6 bilhões nas despesas do governo federal. O superávit é a poupança usada no pagamento dos juros da dívida. O projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional deverá ser votado a partir de agosto. Ao defender as medidas, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral do PT de Mato Grosso, argumentou que as mudanças são necessárias em função do desempenho ruim da economia. (Delcídio do Amaral) E a arrecadação caindo, você tem que efetivamente rever a meta do superávit. Mas em função do desempenho e das projeções, o governo achou melhor baixar para 0,15. Não que o governo vá ficar no 0,15. O governo fará todo o possível e tomar uma série de medidas para se fizer um superávit maior, melhor. (Repórter) O senador Flexa Ribeiro do PSDB do Pará criticou a redução da meta de superávit por sinalizar um abandono da política fiscal. Ele cobrou um corte de gastos mais efetivo. (Flexa Ribeira) O custeio da máquina, que leva a R$ 470 bilhões por ano, é aí que ela tem que cortar. Se ela cortar 20% do custeio da máquina, ela chega ao superávit de 1,1%, que ela queria. Basta ela cortar na própria carne, reduzir ministérios e função gratificada. (Repórter) Além da redução da meta de superávit, o governo quer aprovar uma medida provisória que facilita o pagamento de débitos por empresas inadimplentes com arrecadação de R$ 10 bilhões e o projeto que cobrará impostos e multas para a regularização de dinheiro de brasileiro depositado no exterior, que renderá R$ 11,4 bilhões.

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