CPI do HSBC vai ouvir delator do caso Swissleaks através de teleconferência — Rádio Senado
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CPI do HSBC vai ouvir delator do caso Swissleaks através de teleconferência

A CPI do HSBC deve ouvir o delator do caso Swissleaks através de teleconferência. Hervé Falciani denunciou as fraudes fiscais envolvendo a filial do Banco HSBC na Suíça. A quantia chega a 100 bilhões de dólares. Deste total, cerca de 7 bilhões foram movimentados por brasileiros.  A teleconferência foi aprovada pelos senadores após a França recusar o pedido da CPI para acessar os dados do SwissLeaks.

Para o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), é importante ouvir o engenheiro, mas a CPI deve analisar também os dados enviados pelo governo francês às autoridades brasileiras.

A CPI decidiu voltar atrás na quebra de sigilos bancários e fiscais do empresário Jacob Barata e de três integrantes da sua família, e também do empresário Jacks Rabinovich e de Paula Queiroz Frota, membro do Grupo Edson Queiroz. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), foi contrário à decisão.

16/07/2015, 21h12 - ATUALIZADO EM 17/07/2015, 11h25
Duração de áudio: 01:56
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: CPI DO HSBC VAI OUVIR O DELATOR DO CASO SWISSLEAKS ATRAVÉS DE TELECONFERÊNCIA. LOC: HERVÉ FALCIANI DENUNCIOU AS FRAUDES FISCAIS ENVOLVENDO A FILIAL DO BANCO NA SUÍÇA. A QUANTIA CHEGA A 100 BILHÕES DE DÓLARES. DESTE TOTAL, CERCA DE 7 BILHÕES DE DÓLARES FORAM MOVIMENTADOS POR BRASILEIROS. REPÓRTER CINTHIA BISPO TÉC: (Repórter) A CPI do HSBC vai ouvir Hervé Falciani, engenheiro de computação francês e ex-funcionário do HSBC, por teleconferência sobre as irregularidades em contas de brasileiros na filial do banco na Suíça. A teleconferência foi aprovada pelos senadores após a França recusar o pedido da CPI para acessar os dados do SwissLeaks. O escândalo financeiro envolve, entre outros casos, contas de brasileiros que movimentaram cerca de sete bilhões de dólares. Para o senador Ricardo Ferraço, do PMDB, do Espírito Santo, é importante ouvir o engenheiro, mas a CPI deve analisar também os dados enviados pelo governo francês às autoridades brasileiras. (Ferraço) Antes da constituição da Comissão Parlamentar de Inquérito, havia todo um corpo mole, havia uma ambiguidade se iniciativas e ações seriam adotadas na direção de solicitar ao governo a França que compartilhasse com o Estado brasileiro essas informações. As informações já estão disponíveis para a Receita Federal e para a Procuradoria Geral da República. (Repórter) A Comissão Parlamentar de Inquérito decidiu voltar atrás na quebra de sigilos bancários e fiscais do empresário Jacob Barata e de três integrantes da sua família. E também do empresário Jacks Rabinovich e de Paula Queiroz Frota, membro do Grupo Edson Queiroz. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, foi contrário à decisão. (Randolfe) Corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de drogas, isso é crime. Isso é crime que se investiga através de CPI. Nós fizemos 17 quebras de sigilo, três fiscais e 14 bancários e fiscais, na última reunião. Alguns desses foram ao Supremo, que não deu razão a eles e garantiu a razão para a CPI. E agora, a CPI vai rever a sua decisão, depois que ela foi fortalecida pelo próprio Supremo Tribunal Federal? (Repórter) A Comissão terá até o final de agosto para concluir seus trabalhos. O relator, senador Ricardo Ferraço, disse que já tem um relatório parcial com projetos para coibir a evasão fiscal. Da Rádio Senado, Cinthia Bispo.

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