Maioria dos clubes da série A e D são contrários ao refis do futebol — Rádio Senado

Maioria dos clubes da série A e D são contrários ao refis do futebol

LOC: A MAIORIA DOS CLUBES DA SÉRIE A E D SÃO CONTRÁRIOS AO REFIS DO FUTEBOL. 

LOC: OS CLUBES QUEREM MUDANÇAS NAS CONTRAPARTIDAS PARA CONSEGUIR O REFINANCIAMENTO QUE VÃO DESDE MANTER INVESTIMENTO NAS CATEGORIAS DE BASE, GASTAR NO MÁXIMO 70% DA RECEITA BRUTA ANUAL E PAGAR EM DIA AS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DOS ATLETAS. REPÓRTER CINTHIA BISPO. 

(Repórter) A terceira audiência pública que trata da Medida Provisória do Futebol foi marcada pelo posicionamento contrário da maioria dos clubes das séries A e D à medida. Os presidentes e representantes dos clubes se dizem dispostos a pagar as suas dívidas, mas a MP erra na contrapartida, ao querer impor investimentos no futebol feminino, impor regras para os gastos dos clubes, e quando tenta intervir na gestão das entidades. Desde que a medida foi lançada, em março, nenhum clube aderiu à ela. Contrário à medida, o presidente do Avaí Futebol Clube, Nilton Macedo explica que a medida gera consequências danosas ao futebol. 

(Nilton Macedo) É impossível em um simples refinanciamento impor modalidades desportivas como futebol feminino, impor alteração estatutária, impor responsabilidades de dirigentes, impor adesão sob pena D. Nenhuma pessoa jurídica de direito privado que aderem a programa de refinanciamento, se submetem a tantas exigências e contrapartidas. 

(Repórter) Já Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Clube de Regatas do Flamengo, foi o único favorável à proposta. 

(Eduardo Bandeira de Mello) Eu sou favorável a MP, é claro que ela precisa de alguns ajustes, mas eu acho que o cerne deve ser preservado, que é o processo de moralização, modernização de gestão dos clubes. O governo está dando um refinanciamento para os clubes, e adere quem quiser. Quem quiser aderir, tem que dar as contrapartidas. 

(Repórter) O presidente da Comissão, senador Sergio Petecão, do PSD do Acre, acredita que não há possibilidades da medida ser aprovada da forma como está. 

(Sergio Petecão) Como ela está não vai passar. Os clubes, as federações, os parlamentares, não aceitam a proposta do jeito que veio do governo. E nós temos que reconhecer o gesto do governo em ajudar, mas o governo tem que reconhecer que da forma que foi feita, atropelando o processo, sem discutir com os clubes, com as pessoas do meio do futebol, não é correto. 

(Repórter) A próxima reunião da Comissão Mista que debate o Refis do Futebol, será com os representantes dos clubes da série B e C e do futebol feminino.
12/05/2015, 07h27 - ATUALIZADO EM 12/05/2015, 07h27
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