CRE ouve ativistas sobre situação política da Venezuela — Rádio Senado

CRE ouve ativistas sobre situação política da Venezuela

LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL OUVIU NESTA QUINTA-FEIRA TRÊS MULHERES VENEZUELANAS ATIVISTAS DE DIREITOS HUMANOS. ELAS PEDEM AO GOVERNO BRASILEIRO UMA POSTURA FIRME CONTRA O QUE DEFINEM COMO CRISE DEMOCRÁTICA NA VENEZUELA. 

LOC: A AUDIÊNCIA SOBRE A SITUAÇÃO POLÍTICA NO PAÍS VIZINHO, PARCEIRO DO BRASIL NO MERCOSUL, FOI SUGERIDA PELO PRESIDENTE DA COMISSÃO, SENADOR ALOYSIO NUNES, DO PSDB DE SÃO PAULO. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TÉC: A primeira a falar aos senadores foi Lilian Tintori de Lopez, mulher de Leopoldo López, preso no ano passado, quando era líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro. Segundo ela, Maduro impõe ao país um regime antidemocrático: foram 3 mil 414 prisões arbitrárias, 200 casos de torturas registradas e 44 mortes em protestos. (LOPES) tem todas as características de uma ditadura. Não há autonomia dos poderes públicos. Maduro controla todos os poderes com ordem superior. Temos um alto custo de vida, filas gigantes para comprar remédio, comida, escassez, inflação de 74 por cento, um país destruído, economicamente fracassado. 

(REPÓRTER) Mitzy Capriles de Ledezma, ressaltou que não existe liberdade de expressão na Venezuela. Ela é esposa do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, também preso, acusado de tentativa de golpe de estado. 

(MITZY) Não somos traidores, queremos lutar pelo país que amamos. Nenhum país do mundo que tem uma crise da dimensão que a Venezuela tem pode fazer alguma coisa sozinho. Precisamos da ajuda dos países da região. 

(REPÓRTER) Já Rosa Corozco falou da dor de perder a única filha assassinada com um tiro no rosto durante manifestação contra o governo Maduro. O presidente da Comissão, Senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, considera grave a escalada da repressão na Venezuela. E questionou o trabalho da comissão de chanceleres da Unasul, integrada por Brasil, Colômbia e Equador, encarregada de promover o diálogo entre governo e oposição 

(ALOYSIO) uma sucessão de reuniões sem que veja resultados concretos pode permitir a protelação indefinida da soltura dos dois presos políticos esposos dessas senhoras que estão aqui, e demais presos políticos na Venezuela, dando um verniz de legitimidade às ações de um regime que transgride as regras básicas da democracia. 

(REPÓRTER) Aloysio Nunes também criticou o fato de o Itamaraty ter se recusado a receber as ativistas venezuelanas sob a alegação de que o assunto é tratado pela comissão da Unasul. 


07/05/2015, 01h52 - ATUALIZADO EM 07/05/2015, 01h52
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