Adiada votação da MP que restringe benefícios trabalhistas — Rádio Senado

Adiada votação da MP que restringe benefícios trabalhistas

LOC: A COMISSÃO MISTA DA MEDIDA PROVISÓRIA QUE TRATA DOS DIREITOS TRABALHISTAS ADIA VOTAÇÃO DO PARECER.  

LOC: O RELATOR DIZ QUE NÃO DEVERÁ MUDAR A VERSÃO FINAL JÁ APRESENTADA AO COLEGIADO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Apesar de ainda se reunir com sindicalistas e com representantes do governo, o senador Paulo Rocha, do PT do Pará, descartou novas mudanças no relatório da medida provisória 665 que trata da concessão de direitos trabalhistas. Ele explicou que já fez as alterações possíveis. Entre elas, está a redução de 18 para 12 meses o prazo para a liberação do seguro-desemprego. O relator também diminuiu de 3 para 1 ano o período de registro profissional para a liberação do pagamento para os pescadores, que poderão ainda acumular benefícios trabalhistas. Em relação ao abono salarial, Paulo Rocha decidiu que terá direito a um salário mínimo o trabalhador com pelo menos três meses de carteira assinada. Para aprovar a medida provisória, Paulo Rocha estaria disposto a reduzir esse prazo para um mês. Mas diante das resistências do governo e dos próprios sindicalistas, o petista sinalizou que não fará mais alterações ao relatório final. 

(Paulo Rocha) A versão é esta que já está publicada. Aqueles que não concordarem façam o destaque e criem maioria para tirar ou pôr aqueles que querem modificar.  

(Repórter) O deputado Glauber Braga, do PSB do Rio de Janeiro, antecipou manobras regimentais para impedir a votação da medida provisória. Ele cobrou a aprovação do projeto que taxa as grandes fortunas em compensação às mudanças que dificultam o pagamento dos benefícios.  

(Glauber) Se o relatório continuar neste sentido e se as movimentações do Ministério da Fazenda forem neste sentido, o trabalho realizado na comissão vai ser para derrubar a medida provisória. 

(Repórter) O representante dos sindicalistas, deputado Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade de São Paulo, diz se a medida provisória for aprovada na Comissão será derrubada no Plenário. 

(Paulinho) Essa MP como está, não deixaremos passar no Congresso Nacional. Vamos mobilizar os trabalhadores para manter o seguro-desemprego, o abono, o seguro do pescador.  

(Repórter) Depois de aprovada pela Comissão, a medida provisória segue para os plenários da Câmara e do Senado.
22/04/2015, 06h18 - ATUALIZADO EM 22/04/2015, 06h18
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