Relator da MP que muda direitos trabalhistas altera proposta do governo — Rádio Senado

Relator da MP que muda direitos trabalhistas altera proposta do governo

LOC: O RELATOR DA MEDIDA PROVISÓRIA QUE MUDA A CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS TRABALHISTAS ALTERA A PROPOSTA DO GOVERNO. 

LOC: MAS SINDICALISTAS ALEGAM QUE AS MUDANÇAS AINDA RETIRAM DIREITOS TRABALHISTAS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Após conversas com representantes do governo e das centrais sindicais, o senador Paulo Rocha, do PT do Pará, decidiu alterar a medida provisória que modifica a concessão de benefícios trabalhistas. Ele reduziu de 18 para 12 meses o prazo para a solicitação do seguro-desemprego. Paulo Rocha também estabeleceu em um ano o período para o pagamento do abono salarial, com a carência de 3 meses. E fixou em 12 meses o prazo para o pescador solicitar o seguro-defeso, que será administrado pelo Ministério da Previdência, e não mais pelo Ministério do Trabalho. Paulo Rocha afirmou que não conseguiu apresentar um relatório que agradasse ao governo e aos sindicalistas. Segundo ele, a proposta não compromete o ajuste fiscal e nem retira direitos trabalhistas por ter adotado o princípio da anuidade. 

(P.Rocha) Há coerência na minha proposta. Em relação aos trabalhadores, as conquistas nossas dos trabalhadores, e ao mesmo tempo dialogar com governo para não fazermos mudanças brutas que vão de encontro às conquistas seculares dos trabalhadores. 

REPÓRTER: Mas o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que as mudanças feitas pelo relator não atendem aos trabalhadores. 

(M.Torres) Não agradam e não avançam no essencial que é garantir os direitos nesse momento difícil que a economia está passando, principalmente os trabalhadores. Ficou aquém do aquém. Reafirmamos a posição das centrais de revogar toda essa medida provisória e enviar um PL ao Congresso para que se analise com mais transparência, tempo e mais calma uma medida que está mexendo na dos trabalhadores 

REPÓRTER: O relatório da medida provisória 665 será apresentado à Comissão Especial nesta terça-feira para ser votado no dia seguinte ou na próxima semana. Depois da aprovada pelo colegiado, a MP seguirá para os plenários da Câmara e do Senado, onde poderá ser modificada.
14/04/2015, 01h41 - ATUALIZADO EM 14/04/2015, 01h41
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