Ministério da Saúde e ANS criam novas regras para partos na rede privada — Rádio Senado

Ministério da Saúde e ANS criam novas regras para partos na rede privada

LOC: O MINISTÉRIO DA SAÚDE E A AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR CRIARAM NOVAS REGRAS PARA A REALIZAÇÃO DE PARTOS EM HOSPITAIS DA REDE PRIVADA.  

LOC: O OBJETIVO DA MEDIDA É REDUZIR O NÚMERO DE CESARIANAS NO PAÍS. REPÓRTER FRANCISCO COELHO. 

TÉC: As regras criadas pelo Governo Federal obrigam os hospitais privados e as operadoras de planos de saúde a informar às gestantes a quantidade de cesarianas feitas pelo médico e pelo hospital escolhidos para o parto. Essas informações devem ser prestadas no prazo máximo de 15 dias. Outra medida anunciada é adoção do chamado "Partograma", um relatório com registros do trabalho de parto, que deve ser feito pelo médico. O objetivo é estimular o parto normal e reduzir a quantidade de cesarianas no Brasil. Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, as novas regras devem ser aliadas a políticas de capacitação dos profissionais da saúde. 

(Ana Rita) Tem que se fazer a opção por aquilo que vai trazer um acolhimento maior da criança que está nascendo. Que nem sempre é a rapidez da cesariana que vai possibilitar isso. Acho que é acertada a política do Ministério da Saúde e essa política tem está assegurada ainda a capacitação dos profissionais e também um pré-natal garantido para todas as gestantes. Com todas as orientações que a mãe precisa. 

(Repórter) De acordo com dados do Ministério da Saúde, 84,6 por cento dos partos feitos por pacientes de planos de saúde são cesarianas. Número bem acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, que é de 15 por cento. Um projeto de lei de autoria do senador, Gim, do PTB do Distrito Federal, que obriga o Sistema Único de Saúde, SUS, a oferecer o parto humanizado, aguarda análise na Câmara dos Deputados.
07/01/2015, 04h33 - ATUALIZADO EM 07/01/2015, 04h33
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