Senadores comemoram decisão de EUA e Cuba de retomarem relações — Rádio Senado

Senadores comemoram decisão de EUA e Cuba de retomarem relações

LOC: FORAM MAIS DE 50 ANOS DE TOTAL ROMPIMENTO NO RELACIONAMENTO BILATERAL ATÉ QUE NESTA QUINTA-FEIRA, PARA SURPRESA DE TODOS, CUBA E ESTADOS UNIDOS ANUNCIARAM A RETOMADA DAS RELAÇÕES. 

LOC: EM PLENÁRIO, OS SENADORES SAUDARAM A DECISÃO QUE CLASSIFICARAM DE "UM PASSO HISTÓRICO". REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TÉC: Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro pegaram o mundo de surpresa ao anunciar o restabelecimento das relações entre Estados Undios e Cuba, rompimento iniciado em 1962 – após a crise dos mísseis cubanos. Deverão ser abertas uma embaixada americana em Havana e uma cubana em Washington. Também serão facilitadas as viagens de cidadãos entre os dois países vizinhos – separados pelo mar por menos de 180 quilômetros. O embargo comercial ao país caribenho, no entanto, permanecerá. Mas Obama prometeu levar o debate ao Congresso para tentar liberar as trocas entre os dois países. O senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, considerou a notícia excepcionalmente boa: 

(Suplicy) Vai significar uma melhoria notável das relações entre todos os países das 3 Américas. Se trata de uma notícia altamente alvissareira. 

(REPÓRTER) O senador Inácio Arruda, do PC do B do Ceará, lembrou que foram mais de 50 anos de expectativa de vários países, como o Brasil, para que Estados Unidos e Cuba reatassem relações. 

(Inácio Arruda) Retomar estas relações significa garantir um direito elementar dos povos, direito à sua soberania e, no caso de Cuba, garantir o seu projeto de desenvolvimento, o progresso social. 

(REPÓRTER) O senador Randolfe Rodrigues, do Psol do Amapá, destacou o papel fundamental do Papa Francisco na reaproximação. 

(Randolfe Rodrigues) Nós não poderíamos deixar de registrar – e vou denominar assim – o gol de placa do papa Francisco. Esta liderança global que tem conciliado líderes mundiais, que tem cumprido um papel de protagonista mundial da paz e da conciliação pelos mais pobres. 

(REPÓRTER) Foram 18 meses de negociações secretas, inclusive, com reuniões no Vaticano. Após o anúncio, o Papa Francisco parabenizou os dois países e disse que continuará a apoiar o aprofundamento das relações bilaterais.
18/12/2014, 01h10 - ATUALIZADO EM 18/12/2014, 01h10
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