Comissão de Educação debate a nova Lei de Drogas
LOC: A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO DEBATEU NESTA QUARTA-FEIRA A NOVA LEI DE DROGAS.
LOC: O TEXTO JÁ FOI APROVADO PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, ONDE RECEBEU MUDANÇAS COMO A PERMISSÃO PARA USO MEDICINAL DA MACONHA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(Repórter) A proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados, modifica o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Uma das sugestões mais polêmicas é a internação compulsória de dependentes químicos. Em audiência na Comissão de Educação, o diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, Elisaldo Carlini, criticou essa abordagem, mostrando o lado humano dos dependentes.
(Elisaldo Carlini) Essa mulher, por exemplo, ela não quis se internar voluntariamente. Porque ela é moradora de rua, usuária de crack, e que tinha um cachorro, que ela não vai abandonar o seu cachorro. Então, na realidade, mostra que o craqueiro tem personalidade, mostra que ele tem sentimentos, mostra que ele tem solidariedade. e que é excluído da sociedade através de programas que eu acho péssimos quando é um programa que tenta fazer com que a força vença em termos de diálogo.
(Repórter) A audiência contou com a participação de internautas, que perguntaram sobre a possibilidade de criação de uma matéria, no ensino básico, sobre prevenção ao uso de drogas. Mas a representante do Ministério da Educação, Clarisse Traversini, acredita que a solução deve ser interdisciplinar.
(Clarice Traversini) Não se trata de criar uma nova disciplina de prevenção. O que se trata é da gente poder trabalhar no conhecimento escolar conhecimentos imprescindíveis pra que a gente possa fazer esse processo de prevenção. E o segundo ponto é como fazer com aqueles alunos que abandonaram a escola para vender drogas. Bem, a gente gostaria muito de ter uma resposta única, dizer: Faz assim. pra isso, mas a gente não tem. Uma das saídas que a gente tem visto é justamente é ações intersetoriais.
(Repórter) A relatora do projeto na Comissão de Educação, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, lembrou que há casos em que o adolescente que é pego usando drogas é expulso da escola, o que vai na contramão da política de reinserção. E que as crianças mais pobres e que não estão na escola são as mais vulneráveis.
(Lídice da Mata) O outro vetor desse debate é a relação drogas versus pobreza. Nós estamos discutindo uma política de prevenção enquanto temos muitas crianças, muitos adolescentes que estão fora da escola e que portanto não serão alcançadas por essa política de prevenção dentro das escolas.
(Repórter) Os convidados falaram ainda sobre o uso medicinal da maconha. Jaime Cesar de Moura Oliveira, presidente interino da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, disse que é preciso parar de tratar a regularização do uso medicinal como abertura para a legalização geral da maconha.
LOC: O TEXTO JÁ FOI APROVADO PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, ONDE RECEBEU MUDANÇAS COMO A PERMISSÃO PARA USO MEDICINAL DA MACONHA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(Repórter) A proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados, modifica o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Uma das sugestões mais polêmicas é a internação compulsória de dependentes químicos. Em audiência na Comissão de Educação, o diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, Elisaldo Carlini, criticou essa abordagem, mostrando o lado humano dos dependentes.
(Elisaldo Carlini) Essa mulher, por exemplo, ela não quis se internar voluntariamente. Porque ela é moradora de rua, usuária de crack, e que tinha um cachorro, que ela não vai abandonar o seu cachorro. Então, na realidade, mostra que o craqueiro tem personalidade, mostra que ele tem sentimentos, mostra que ele tem solidariedade. e que é excluído da sociedade através de programas que eu acho péssimos quando é um programa que tenta fazer com que a força vença em termos de diálogo.
(Repórter) A audiência contou com a participação de internautas, que perguntaram sobre a possibilidade de criação de uma matéria, no ensino básico, sobre prevenção ao uso de drogas. Mas a representante do Ministério da Educação, Clarisse Traversini, acredita que a solução deve ser interdisciplinar.
(Clarice Traversini) Não se trata de criar uma nova disciplina de prevenção. O que se trata é da gente poder trabalhar no conhecimento escolar conhecimentos imprescindíveis pra que a gente possa fazer esse processo de prevenção. E o segundo ponto é como fazer com aqueles alunos que abandonaram a escola para vender drogas. Bem, a gente gostaria muito de ter uma resposta única, dizer: Faz assim. pra isso, mas a gente não tem. Uma das saídas que a gente tem visto é justamente é ações intersetoriais.
(Repórter) A relatora do projeto na Comissão de Educação, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, lembrou que há casos em que o adolescente que é pego usando drogas é expulso da escola, o que vai na contramão da política de reinserção. E que as crianças mais pobres e que não estão na escola são as mais vulneráveis.
(Lídice da Mata) O outro vetor desse debate é a relação drogas versus pobreza. Nós estamos discutindo uma política de prevenção enquanto temos muitas crianças, muitos adolescentes que estão fora da escola e que portanto não serão alcançadas por essa política de prevenção dentro das escolas.
(Repórter) Os convidados falaram ainda sobre o uso medicinal da maconha. Jaime Cesar de Moura Oliveira, presidente interino da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, disse que é preciso parar de tratar a regularização do uso medicinal como abertura para a legalização geral da maconha.
