Suspeita de ebola é descartada em Foz do Iguaçu
LOC: UMA SUSPEITA DE EBOLA FECHOU UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO EM FOZ DO IGUAÇU NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA. HORAS DEPOIS, O ALERTA FOI DESCARTADO E O HOSPITAL, REABERTO AO PÚBLICO.
LOC: PARA CONTER O VÍRUS É PRECISO MONITORAR AS FRONTEIRAS E AINDA INVESTIR NA PREPARAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, ACONSELHA ESPECIALISTA. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(Repórter) A primeira suspeita de ebola no Brasil foi de um guineano de 47 anos, internado no dia 10 e que, depois de exames comprovarem que não tinha o vírus, teve alta cinco dias depois. O caso mais recente aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, quando um brasileiro de 22 anos procurou o pronto socorro com sintomas de febre e náuseas, além de pele e olhos amarelados. A unidade de pronto atendimento foi fechada e todos os que tiveram contato com o paciente, isolados. Quando se confirmou que nenhum dos países que ele visitou – China, Emirados Árabes, Líbano e Itália – foi atingido pela epidemia, a suspeita foi descartada e o hospital, reaberto. A presidente do Comitê Científico de Medicina de Viagem da Sociedade Brasileira de Infectologia, Sylvia Maria Hinrichsen, alertou, em entrevista ao programa Conexão Senado, para a necessidade de maior controle das fronteiras brasileiras, em especial as terrestres. O senador eleito Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, lembrou que somente em seu estado há 720 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia.
(Welington Fagundes) Ou seja, é só atravessar um lado a outro a pé. Por isso há uma preocupação muito grande tanto na questão da segurança pública como também sanitária. O Mato Grosso é que tem bancado a vacinação contra febre aftosa. A vigilância nessas áreas de fronteira seca é fundamental. E aí não tem outra alternativa que não seja a participação efetiva do governo federal, das forças armadas, do governo do estado e dos municípios fronteiriços.
(Repórter) Sylvia acredita que os primeiros casos mostraram onde a defesa brasileira contra o ebola pode ser fortalecida. Em especial, no treinamento dos profissionais de saúde para que possam identificar rapidamente os casos suspeitos.
(Sylvia Maria Hinrichsen) A proporção poderá se tornar maior dependendo das medidas de barreira não só de portos, aeroportos e fronteiras, mas também dentro das próprias instituição de saúde, com condições de fazer o diagnóstico clínico, de poder isolar, fazer a transferência do paciente para os centros de referência. Porque nos centros de referência as coisas estão preparadas, como a gente viu em um caso. Mas precisa estar dentro desse plano de contingência para mais de um ou dois, três casos, ou mesmo um surto.
(Repórter) A especialista lembrou que o vírus não é transmitido pelo ar, somente por secreções como suor ou sangue, e que cuidados de higiene como lavar as mãos e usar álcool gel podem ajudar a evitar a propagação tanto do ebola como de outras doenças.
LOC: PARA CONTER O VÍRUS É PRECISO MONITORAR AS FRONTEIRAS E AINDA INVESTIR NA PREPARAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, ACONSELHA ESPECIALISTA. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(Repórter) A primeira suspeita de ebola no Brasil foi de um guineano de 47 anos, internado no dia 10 e que, depois de exames comprovarem que não tinha o vírus, teve alta cinco dias depois. O caso mais recente aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, quando um brasileiro de 22 anos procurou o pronto socorro com sintomas de febre e náuseas, além de pele e olhos amarelados. A unidade de pronto atendimento foi fechada e todos os que tiveram contato com o paciente, isolados. Quando se confirmou que nenhum dos países que ele visitou – China, Emirados Árabes, Líbano e Itália – foi atingido pela epidemia, a suspeita foi descartada e o hospital, reaberto. A presidente do Comitê Científico de Medicina de Viagem da Sociedade Brasileira de Infectologia, Sylvia Maria Hinrichsen, alertou, em entrevista ao programa Conexão Senado, para a necessidade de maior controle das fronteiras brasileiras, em especial as terrestres. O senador eleito Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, lembrou que somente em seu estado há 720 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia.
(Welington Fagundes) Ou seja, é só atravessar um lado a outro a pé. Por isso há uma preocupação muito grande tanto na questão da segurança pública como também sanitária. O Mato Grosso é que tem bancado a vacinação contra febre aftosa. A vigilância nessas áreas de fronteira seca é fundamental. E aí não tem outra alternativa que não seja a participação efetiva do governo federal, das forças armadas, do governo do estado e dos municípios fronteiriços.
(Repórter) Sylvia acredita que os primeiros casos mostraram onde a defesa brasileira contra o ebola pode ser fortalecida. Em especial, no treinamento dos profissionais de saúde para que possam identificar rapidamente os casos suspeitos.
(Sylvia Maria Hinrichsen) A proporção poderá se tornar maior dependendo das medidas de barreira não só de portos, aeroportos e fronteiras, mas também dentro das próprias instituição de saúde, com condições de fazer o diagnóstico clínico, de poder isolar, fazer a transferência do paciente para os centros de referência. Porque nos centros de referência as coisas estão preparadas, como a gente viu em um caso. Mas precisa estar dentro desse plano de contingência para mais de um ou dois, três casos, ou mesmo um surto.
(Repórter) A especialista lembrou que o vírus não é transmitido pelo ar, somente por secreções como suor ou sangue, e que cuidados de higiene como lavar as mãos e usar álcool gel podem ajudar a evitar a propagação tanto do ebola como de outras doenças.
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