EUA pagarão US$ 300 mi ao Brasil para encerrar disputa do algodão — Rádio Senado

EUA pagarão US$ 300 mi ao Brasil para encerrar disputa do algodão

LOC: ACORDO ENTRE BRASIL E ESTADOS UNIDOS DEVE ENCERRAR DISPUTA SOBRE PRODUÇÃO DE ALGODÃO. O CONTENCIOSO NA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO FOI MOTIVADO PELOS SUBSÍDIOS DADOS PELOS AMERICANOS AOS PRODUTORES AGRÍCOLAS. 

LOC: PELO ACORDO, OS ESTADOS UNIDOS PAGARÃO 300 MILHÕES DE DÓLARES AO INSTITUTO BRASILEIRO DO ALGODÃO, IBA. OS PAGAMENTOS DEVEM EVITAR NOVA QUEIXA DO BRASIL NA OMC. REPÓRTER NARA FERREIRA: 

TÉC: A disputa na OMC foi aberta em 2002. O Brasil reclamou que os Estados Unidos subsidiavam os produtores de algodão, em prejuízo das exportações brasileiras. Queixou-se também que os subsídios feriam as leis de livre comércio. Em 2009, a OMC deu ganho de causa ao Brasil e autorizou o governo brasileiro a retaliar os americanos em 829 milhões de dólares. Os Estados Unidos se comprometeram a pagar 147 milhões de dólares por ano ao Brasil, como compensação pelos subsídios pagos aos produtores de algodão. Mas a nova lei agrícola que entrou em vigor nos Estados Unidos, chamada de "Farm Bill" garantiu ainda mais subsídios aos agricultores norte-americanos. E em setembro do ano passado, os EUA suspenderam os pagamentos ao Brasil, que ameaçou abrir novo contencioso junto à OMC. Desde então, os dois países vinham buscando um acordo. No Senado, as comissões de Relações Exteriores e de Agricultura promoveram uma audiência pública em maio sobre a disputa. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, destacou que a nova lei dos Estados Unidos causaria uma redução significativa nos preços internacionais das mais importantes culturas agrícolas, em especial algodão, milho e soja – prejudicando o Brasil. E criticou o que chamou de “competição desleal”.  

(FERRAÇO) Este assunto da nova lei norte-americana, tem tudo a ver não apenas com a cultura do algodão, mas tem a ver com o próprio futuro da agricultura brasileira e mundial. 

(REPÓRTER) Segundo a Confederação Nacional da Agricultura, a Farm Bill, com vigência de quatro anos, implicará redução entre 3 e 5 % nos preços do milho e soja.
01/10/2014, 01h09 - ATUALIZADO EM 01/10/2014, 01h09
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