Brasil registra recorde no número de empresas inadimplentes — Rádio Senado

Brasil registra recorde no número de empresas inadimplentes

LOC: O BRASIL REGISTROU RECORDE NO NÚMERO DE EMPRESAS DO SETOR PRODUTIVO QUE ESTÃO COM DÍVIDAS ATRASADAS.

LOC: PARA O SENADOR CYRO MIRANDA, O CRESCIMENTO DA INADIMPLÊNCIA É RESULTADO DOS PROGRAMAS DE CRÉDITO FACILITADO. JÁ PAULO PAIM DEFENDEU UMA REFORMA TRIBUTÁRIA URGENTE. REPÓRTER LUCYENNE LANDIM.

TÉC: De acordo com um levantamento da Serasa, três milhões e meio de empresas estavam inadimplentes no Brasil em julho deste ano, 8,9% a mais do que no mesmo mês de 2013. O número é o maior já registrado entre as companhias do setor produtivo. E equivale também à metade das empresas operacionais do país, ou seja, que pesquisaram as situações cadastrais de clientes ou tiveram o CNPJ consultado no último ano. Desse total de empresas com dívidas, 91% são de pequeno e médio porte. Para o senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, o problema se deve aos programas de crédito facilitado criados pelo governo nos últimos anos. 

(Cyro) Os programas pontuais que o governo fez forçando essas pessoas a se endividarem através de compra da linha branca, através do estímulo de compra de automóveis, e assim também as pequenas e micro empresas. Tudo isso vai dando um endividamento fora da realidade. Então isso é o resultado de uma má política econômica que a gente vem dizendo e que o governo faz uma propaganda totalmente diferente. 

(Rep) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, afirmou que, para diminuir esses números, é preciso fazer uma reforma tributária no país. Ele defendeu o modelo do Imposto Único, que seria a substituição de todos os tributos cobrados atualmente por apenas um. 

(Paim) Vendo esse acúmulo de dívidas não pagas só nos deixa uma maior preocupação de quanto que exige uma reforma tributária urgente para o país. Eu sou favorável ao chamado Imposto Único, e com isso a gente facilita a vida das empresas e todos pagando a arrecadação ainda poderá ser até maior. 

(Rep) As dívidas são por diversos motivos: débitos bancários, cheques sem fundo, títulos protestados, falta de pagamento para fornecedores ou funcionários, energia e telefone cortados ou de empresas que entraram em processo de negociação com credores. Mas não incluem os débitos com a Receita Federal e o INSS.
15/09/2014, 05h17 - ATUALIZADO EM 15/09/2014, 05h17
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