Projetos aumentam participação e fiscalização do poder público no futebol — Rádio Senado

Projetos aumentam participação e fiscalização do poder público no futebol

LOC: O SENADO PODE VOTAR PROPOSTAS QUE AUMENTAM A PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO NA GESTÃO E NA FISCALIZAÇÃO DO FUTEBOL. 

LOC: OS SENADORES LEMBRAM QUE MUITOS RECURSOS PÚBLICOS FAZEM PARTE DA ADMINISTRAÇÃO DESTE ESPORTE. CONFIRA NA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA. 

TEC: Com a derrota para a Alemanha por 7 a 1, aumentou a pressão da opinião pública e de setores ligados ao esporte em relação à gestão da CBF, em meio a uma série de denúncias de corrupção investigadas pela Justiça. A presidente Dilma Roussef e o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defenderam mudanças na gestão da entidade e uma maior participação do Estado. E no Senado, o vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, afirma que já trabalha numa proposta com o objetivo de alterar o status jurídico da CBF. Ele lembra que a gestão do futebol envolve muitos recursos públicos. 

(ALVARO DIAS): Estou estudando a forma de apresentar uma proposta no Senado, que seria considerar a CBF uma paraestatal, e não uma entidade privada de forma absoluta. A CBF estaria sujeita à prestação de contas e à fiscalização do Tribunal de Contas da União. Como a CBF administra sim recursos públicos, e na organização desta Copa do Mundo nós tivermos recursos públicos generosamente dispensados. 

(REP): O Líder do PT, Humberto Costa, de Pernambuco, lembra que a Câmara dos Deputados ainda analisa a criação do "PROFORTE", que parcela as dívidas dos clubes com o poder público em 25 anos, em troca de responsabilidade fiscal e administrativa, e que deve ser em breve analisada no Senado.

(HUMBERTO COSTA): Há penas muito duras para os clubes que relegam ao segundo plano o pagamento de Impostos, de Contribuições Sociais e o pagamento dos salários dos jogadores. Também é importante regulamentar as questões relativas ao patrocínio de empresas públicas, condicionando algumas coisas que são importantes também. 

(REP): O Líder do PSOL, senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, também defende que o poder público atue mais firmemente no mundo do futebol, e explica por que.

(RANDOLFE RODRIGUES): O futebol brasileiro está entregue a um valhacouto de ladrões, a um valhacouto de corruptos. Nós temos a Confederação Brasileira de Futebol entregue a um zumbi da ditadura militar. É um valhacouto de ladrões, de bandidos, de corruptos que dirigem o futebol brasileiro, qualquer medida é pouca. Eu apoio a iniciativa da presidente da República, do Ministro dos Esportes. E eu acho que temos que ter a iniciativa de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. 

(REP): O senador Álvaro Dias já trabalha na criação de uma CPI, que ele defende que seja no ano que vem devido ao calendário eleitoral, e que também investigue gastos públicos com a organização das Olimpíadas de 2016.
11/07/2014, 04h15 - ATUALIZADO EM 11/07/2014, 04h15
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