Relatório preliminar prevê inflação de 5,3% em 2014 e 4,5% para 2015 — Rádio Senado

Relatório preliminar prevê inflação de 5,3% em 2014 e 4,5% para 2015

LOC: CONSULTORES DO SENADO AVALIAM COMO OTIMISTAS AS PREVISÕES PARA A ECONOMIA DO BRASIL EM 2015. A OPINIÃO ESTÁ BASEADA NOS DADOS DO RELATÓRIO PRELIMINAR DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS, QUE PREVÊ INFLAÇÃO DE 5,3% PARA 2014 E DE 4,5% PARA 2015. 

LOC: ALÉM DISSO, O GOVERNO ACREDITA EM UM CRESCIMENTO DE 500 BILHÕES DE REAIS DO PRODUTO INTERNO BRUTO DE 2015 EM RELAÇÃO A 2014. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. 

(Repórter) O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015, senador Vital do Rego, do PMDB da Paraíba, apresentou em seu relatório preliminar uma previsão de crescimento do Produto Interno Bruto – o PIB – de mais de 500 bilhões de reais para 2015, chegando a 5 trilhões e 734 bilhões de reais. O consultor de orçamento do Senado Federal, José Rui Gonçalves Rosa, especialista em macro-economia, acredita que o governo está sendo otimista, pois há diferenças de previsões até mesmo com o Banco Central: 

(José Rui Gonçalves Rosa) Na minha opinião, estes números estão exagerados, porque o mercado, relatório Focus do.Banco Central está prevendo pra 2014 um crescimento agora de 1,5% enquanto o governo prevê 2,5%. E pra 2015, o governo prevê 3% enquanto o mercado prevê 2,85%.  

(Repórter) Outra questão importante é a dos preços dos combustíveis e da energia elétrica. A Petrobrás está importando gasolina, diesel e álcool para a frota de 74 milhões de automóveis brasileiros. E o setor energético está produzindo energia em termoelétricas, o que encareceu o custo da energia elétrica. O consultor do Senado, Vinicius Leopoldino do Amaral, preocupa-se quando esses preços tiverem de ser reajustados. O impacto disse será na inflação: 

(Vinicius Leopoldino do Amaral) O impacto ele vai de fato acontecer no momento que houver a decisão de reajustá-los, de ajustá-los perante o mercado. Essa decisão pode ser feita de forma mais abrupta, feita de forma mais gradual. Isso é uma questão que vai decidir, o chefe do executivo tomar.  

(Repórter) Segundo os consultores do Senado Federal, o relatório da LDO tem uma visão otimista do cenário. Eles alertam para necessidade de se atentar para custos importantes como energia, combustíveis, transporte e câmbio. A Lei de Diretrizes Orçamentárias deve ser aprovada até o dia 17 de julho para que o Congresso Nacional entre em recesso. No entanto, a previsão do presidente da Comissão de Orçamento, deputado Devanir Ribeiro, do PT de São Paulo, é de que a votação atrase.
06/06/2014, 07h31 - ATUALIZADO EM 06/06/2014, 07h31
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