Senador haitiano pede apoio à retirada das tropas da ONU do Haiti
LOC: O SENADOR HAITIANO JEAN CHARLES MOÍSE VEIO AO SENADO BRASILEIRO PARA PEDIR APOIO À RETIRADA DAS TROPAS DA ONU DO SEU PAÍS.
LOC: SENADORES DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS SE COMPROMETERAM A LEVAR A QUESTÃO AOS MINISTROS DA DEFESA E DE RELAÇÕES EXTERIORES, JÁ QUE A MISSÃO DA ONU NO HAITI É COMANDADA PELO BRASIL. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: Uma resolução aprovada por unanimidade pelo Senado haitiano em maio do ano passado recomenda a retirada total, até 28 de maio de 2014, das tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a Minustah. Comandada pelo Brasil, a força internacional está no país desde junho de 2004 para garantir a ordem depois da deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide, em março daquele ano. Um dos que defendem a saída da Minustah é o senador haitiano Jean Charles Moise. Em visita ao Senado brasileiro para pedir apoio à campanha, ele afirmou que, depois de dez anos de missão da ONU no Haiti, as tropas prejudicam o desenvolvimento econômico e social do país.
(MOISE/TRADUÇÃO) A presença das tropas da Minustah no Haiti não quer dizer nada para os haitianos. Ao contrário, a cada vez que o povo se mobiliza contra a corrupção, contra a má governança, contra a fraude, a Minustah é usada para reprimir a população. É por isso que nós pedimos a retirada das tropas. O Haiti deve ser um país livre, e a presença da Minustah ataca o espírito da soberania do país.
(REPÓRTER) Três senadores da Comissão de Direitos Humanos ouviram Jean Charles Moise: a presidente da CDH, Ana Rita, do PT do Espírito Santo; Wellington Dias, do PT do Piauí; e Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo. Suplicy prometeu levar o pedido de retirada da Minustah do Haiti aos ministros da Defesa e das Relações Exteriores.
(SUPLICY) Tendo em conta o que relatou o senador Moise, acho que é importante que as autoridades brasileiras tenham conhecimento desse depoimento dele.
(REPÓRTER) Para Jean Charles Moise, a manutenção das tropas da Minustah no Haiti colabora para o agravamento da crise dos refugiados. Mais de 20 mil haitianos já entraram no Brasil, a maioria por meio do Acre, e muitos seguiram viagem para outros estados, principalmente São Paulo. O senador fez uma visita aos refugiados no principal abrigo de haitianos na capital paulista.
LOC: SENADORES DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS SE COMPROMETERAM A LEVAR A QUESTÃO AOS MINISTROS DA DEFESA E DE RELAÇÕES EXTERIORES, JÁ QUE A MISSÃO DA ONU NO HAITI É COMANDADA PELO BRASIL. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: Uma resolução aprovada por unanimidade pelo Senado haitiano em maio do ano passado recomenda a retirada total, até 28 de maio de 2014, das tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a Minustah. Comandada pelo Brasil, a força internacional está no país desde junho de 2004 para garantir a ordem depois da deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide, em março daquele ano. Um dos que defendem a saída da Minustah é o senador haitiano Jean Charles Moise. Em visita ao Senado brasileiro para pedir apoio à campanha, ele afirmou que, depois de dez anos de missão da ONU no Haiti, as tropas prejudicam o desenvolvimento econômico e social do país.
(MOISE/TRADUÇÃO) A presença das tropas da Minustah no Haiti não quer dizer nada para os haitianos. Ao contrário, a cada vez que o povo se mobiliza contra a corrupção, contra a má governança, contra a fraude, a Minustah é usada para reprimir a população. É por isso que nós pedimos a retirada das tropas. O Haiti deve ser um país livre, e a presença da Minustah ataca o espírito da soberania do país.
(REPÓRTER) Três senadores da Comissão de Direitos Humanos ouviram Jean Charles Moise: a presidente da CDH, Ana Rita, do PT do Espírito Santo; Wellington Dias, do PT do Piauí; e Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo. Suplicy prometeu levar o pedido de retirada da Minustah do Haiti aos ministros da Defesa e das Relações Exteriores.
(SUPLICY) Tendo em conta o que relatou o senador Moise, acho que é importante que as autoridades brasileiras tenham conhecimento desse depoimento dele.
(REPÓRTER) Para Jean Charles Moise, a manutenção das tropas da Minustah no Haiti colabora para o agravamento da crise dos refugiados. Mais de 20 mil haitianos já entraram no Brasil, a maioria por meio do Acre, e muitos seguiram viagem para outros estados, principalmente São Paulo. O senador fez uma visita aos refugiados no principal abrigo de haitianos na capital paulista.
