Comissão debate fontes de recursos para a educação — Rádio Senado

Comissão debate fontes de recursos para a educação

LOC: A COMISSÃO TEMPORÁRIA CRIADA PARA DISCUTIR O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO DEBATEU NESTA QUARTA-FEIRA AS FONTES DE RECURSOS PARA O SETOR. 

LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA TEVE A PARTICIPAÇÃO DE PARLAMENTARES E CONSULTORES LEGISLATIVOS, ALÉM DE REPRESENTANTE DO IPEA. REPÓRTER LUCYENNE LANDIM. 

(Repórter) As maneiras de elevar a qualidade da educação brasileira ao nível dos melhores sistemas do mundo foi o grande foco da audiência pública na comissão Temporária de Financiamento da Educação. Além disso, os convidados e senadores discutiram as possíveis fontes de recursos para o financiamento do ensino e as formas de aplicá-los. O consultor do Senado Federal, João Monlevade, expôs os investimentos educacionais de dois mil e treze. De acordo com ele, foram duzentos e cinquenta bilhões de reais. Ele afirmou ainda que esses recursos são insuficientes e que o direito à educação não deve ser somente para crianças e adolescentes. 

( João Monlevade) O direito da educação não é só de crianças e adolescentes, ele é o direito de todos os cidadãos. E no Brasil, os dados do Pnad acusaram, em 2010, cinquenta e sete milhões e setecentos mil adultos que não concluíram o ensino fundamental. 

(Repórter) Para o pesquisador do Ipea, Marcelo Medeiros de Souza, melhorar o sistema educacional brasileiro é diferente de melhorar o desempenho dos alunos. E as duas metas demandam tempo para serem alcançadas. 

(Marcelo Medeiros de Souza)) Talvez vinte anos seja pouco. Talvez uma meta que esteja muito mais no controle das políticas públicas seja estar entre os vinte melhores sistemas de educação, do que estar entre os vinte melhores desempenhos educacionais. 

(Repórter) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, que é o relator da Comissão, explicou a necessidade de reduzir gastos em algumas áreas, como por exemplo, com pessoal e com propagandas, e aplicá-los em educação. O senador afirmou ainda que a responsabilidade pelo ensino deve ser repassada dos municípios para a União, que deve assumir a gestão educacional do país. 

(Cristovam Buarque) De onde é que vem esse dinheiro do ponto de vista da Federação? Hoje a gente sabe que vem, quase tudo da educação de base, dos municípios e estados, e quase nada da União. Do ponto de vista de gestão, nós achamos que isso só vai funcionar se a União for adotando as escolas. É uma questão de engenharia. 

(Repórter) A senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, que é presidente da Comissão também participou da reunião.
02/04/2014, 07h18 - ATUALIZADO EM 02/04/2014, 07h18
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