Roberto Azevêdo discute com parlamentares o papel da OMC — Rádio Senado

Roberto Azevêdo discute com parlamentares o papel da OMC

LOC: A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO ESTÁ CAPACITADA PARA NEGOCIAR COM TODOS OS PAÍSES E O BRASIL TEM IMPORTANTE PAPEL NAS NEGOCIAÇÕES MULTILATERAIS. 

LOC: ESSA É A OPINIÃO DO DIRETOR-GERAL DA ENTIDADE, ROBERTO AZEVÊDO, QUE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO E PEDIU APOIO AOS PARLAMENTARES BRASILEIROS. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES:  

(Repórter) A Organização Mundial do Comércio foi criada para solucionar disputas entre países e promover a liberalização comercial no mundo. À frente da entidade, o brasileiro Roberto Azevêdo destacou que a solução de conflitos, como o relacionado a subsídios agrícolas, depende de acordos multilaterais. No entanto, em resposta ao presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, o diretor da OMC não considera os acordos bilaterais uma ameaça às negociações. 

(Roberto Azevêdo) “Em si, esses acordos preferenciais não são nenhuma ameaça ao multilateralismo comercial. Eles são complementares. O que preocupa não é o avanço dos acordos preferenciais, o que preocupava era a paralisia do multilateral. À medida que o multilateral atue, as atenções naturalmente voltarão ao sistema multilateral, porque ali estão os grandes ganhos. Qualquer negociação que você faça no sistema multilateral, na OMC, se aplica automaticamente a 160 países”. 

(Repórter) A senadora Kátia Abreu, do PMDB do Tocantins, pediu atenção do Brasil e da OMC ao programa de leis americanas que tratam da segurança agrícola, que podem prejudicar os produtores brasileiros. Ela ressaltou que os subsídios dados aos agricultores americanos, que chegavam a 49% da renda deles, são substituídos por novas medidas, que podem conceder benefícios de mais de 90%. 

(Kátia Abreu) “O que isso traz de consequência? Não valoriza a produtividade. O produtor americano não vai estar nem aí se ele é produtivo ou não; ele vai receber de qualquer jeito. Isso é uma coisa inadmissível e dificílima de ser identificada, de ser comprovada na OMC” . 

(Repórter) A audiência foi realizada conjuntamente pelas comissões de Assuntos Econômicos, de Relações Exteriores e de Agricultura e Reforma Agrária.
27/03/2014, 07h47 - ATUALIZADO EM 27/03/2014, 07h47
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