Ana Rita defende desmilitarização das polícias — Rádio Senado

Ana Rita defende desmilitarização das polícias

LOC: A SENADORA ANA RITA QUER A APROVAÇÃO URGENTE DO PROJETO QUE ACABA COM O CHAMADO “AUTO DE RESISTÊNCIA”, USADO PARA ABAFAR HOMICÍDIOS POR PARTE DE POLICIAIS.  

LOC: A PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO TAMBÉM DEFENDEU A DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS, COMO INFORMA O REPÓRTER NILO BAIRROS: 

(Repórter) A desmilitarização da polícia é uma bandeira antiga de movimentos ligados aos direitos humanos, que defendem mudanças na formação desses profissionais. O objetivo é acabar com a postura de confronto que marca boa parte dos policiais no trato com os civis. É o que defende também a presidente da Comissão de Direitos Humanos. A senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, explica que desmilitarizar não significa retirar uniforme e arma do policial e lembra que em países desenvolvidos a formação desse servidor é voltada para a paz e não para a guerra: 

(Ana Rita) São polícias civis, a exemplo das polícias americanas e inglesas, que não atuam sem uniforme e sem arma, o que estamos discutindo é uma formação diferenciada, cidadã, uma mudança cultural e institucional na forma de atuar das polícias, ou seja, um tipo de polícia que fará tanto o policiamento ostensivo, a prevenção quanto o trabalho investigativo, de inteligência. 

(Repórter) Ana Rita defendeu ainda rapidez na votação de projeto de lei da Câmara que prevê investigação completa sobre mortes provocadas por policiais. Além de exigir perícia independente no cadáver, o projeto fortalece a investigação desse tipo de ocorrência, incluindo o uso de fotos e a coleta de vestígios. Com isso, perderia força a justificativa mais comum usada pelos policiais, que é o boletim de resistência seguido de morte ou auto de resistência. O projeto é defendido principalmente pelo movimento negro, que representa a maioria das vítimas de policiais. O texto já passou pelas comissões da Câmara, mas ainda precisa ser aprovado em plenário para então ser analisado pelos senadores.
06/01/2014, 05h45 - ATUALIZADO EM 06/01/2014, 05h45
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