Requião defende discussão de nova política de correção da tabela do IR — Rádio Senado

Requião defende discussão de nova política de correção da tabela do IR

LOC: O CONGRESSO NACIONAL PRECISA DISCUTIR A PARTIR DE FEVEREIRO UMA NOVA POLÍTICA DE CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA. 

LOC: É O QUE PENSA O SENADOR ROBERTO REQUIÃO, DIANTE DO REAJUSTE DE QUATRO E MEIO POR CENTO DA TABELA A PARTIR DE PRIMEIRO DE JANEIRO – ABAIXO DA INFLAÇÃO, QUE DEVE FICAR EM QUASE SEIS POR CENTO. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:  

TÉC: A nova tabela do Imposto de Renda Pessoa Física, com correção de 4 e meio por cento, vai elevar a faixa de isenção de mil 710 para mil 787 reais. Se você ganha, por exemplo, mil 711 reais por mês e paga hoje 7 e meio por cento de imposto, com a nova tabela entra na faixa de isenção e fica com mais 128 reais no bolso. Mas o reajuste não significa que o governo vá arrecadar menos. E na prática, a mordida do Leão no contracheque, com tempo, pode ficar até maior. Os tributaristas alertam que, como a inflação oficial de 2013 vai ficar um pouco abaixo de seis por cento e muitas categorias devem receber aumento igual ou maior que a inflação, mais trabalhadores passarão a pagar Imposto de Renda. E muitos dos que já pagam acabarão entrando numa faixa salarial em que a alíquota é maior. Integrante da Comissão de Assuntos Econômicos, o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, criticou a política de reajustes da tabela. 

(REQUIÃO) O governo desonera a folha de pagamento das empresas, tem diminuído o Imposto sobre Produtos Industrializados de vários setores da economia e agora faz uma correção a menor para os trabalhadores. É muito difícil de entender. É um paradoxo. É incompreensível. 

(REPÓRTER) Uma lei de 2011 determina o reajuste automático da tabela do Imposto de Renda em 4 e meio por cento ao ano até 2014. Roberto Requião defende que o Congresso discuta o mais cedo possível como vai ficar a correção da tabela a partir de 2015. 

(REQUIÃO) Temos que começar a conversar sobre isso quando iniciarmos os trabalhos em fevereiro. E temos que conversar com o governo federal: saber por que essa medida, para mim, incompreensível foi tomada pelo Executivo. 

(REPÓRTER) Em 1º de janeiro de 1996, o salário mínimo era de 100 reais, e a faixa de isenção do Imposto de Renda era de 900 reais. Ou seja: quem ganhava até nove mínimos estava livre do tributo. Com o último reajuste da tabela, não vai pagar Imposto de Renda o trabalhador que ganhar até o equivalente a 2,47 salários mínimos, já que o mínimo vai subir 6,78 por cento e passará a ser de 724 reais a partir de 1º de janeiro de 2014.
27/12/2013, 11h30 - ATUALIZADO EM 27/12/2013, 11h30
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