Congresso devolve simbolicamente mandato de João Goulart — Rádio Senado

Congresso devolve simbolicamente mandato de João Goulart

LOC: NESTA QUARTA-FEIRA, O CONGRESSO NACIONAL DEVOLVE SIMBOLICAMENTE O MANDATO PRESIDENCIAL AO EX-PRESIDENTE JOÃO GOULART, DERRUBADO PELO GOLPE MILITAR DE 1964. 

LOC: JOÃO GOULART – O JANGO – TEVE SEU MANDATO ILAGALMENTE RETIRADO NA SESSÃO DE 2 DE ABRIL DE 1964, QUANDO FOI DECLARADA VAGA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. REPÓRTER CARLOS PENNA.  

(Repórter) A proposta da devolução simbólica do mandato presidencial de Jango foi apresentada pelos senadores Pedro Simon, do PMDB do Rio Grande do Sul, e Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá. O texto aprovado pelo Senado anulou a sessão de 2 de abril de 1964, quando o presidente do Congresso Nacional, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência da República. Pedro Simon explicou que essa foi a justificativa legal que permitiu aos militares nomearem os presidentes durante o período da ditadura:  

(Pedro Simon) “O argumento seria de que foi o Congresso que decretou a cassação do mandato de João Goulart, por que ele estava fora do país, em lugar incerto e não sabido. Baseado nisso cassaram o mandato. E hoje ficou provado, mais do que provado, que ele estava em território brasileiro, ele estava em Porto Alegre, na casa do comandante do terceiro exército. 

(Repórter) O senador Randolfe Rogrigues lembrou que João Goulart foi o presidente com maior apoio eleitoral que o pais já teve. 

(Randolfe Rodrigues) ”Eleito duas vezes vice-presidente da República. Uma vez vice de Juscelino Kubistchek, outra vez vice de Jânio Quadros, em uma época que o vice-presidente era eleito. Além disso, conduzido à Presidência da República em uma das mais belas campanhas populares da história, a Rede da Legalidade. Depois, conduzido novamente à Presidência da República num plebiscito popular com 95% dos votos do povo brasileiro.” 

(Repórter) Os restos mortais de João Goulart foram levados para São Borja, no Rio Grande do Sul, para serem enterrados, após uma série de exames em Brasília, onde se investigará a hipótese de envenenamento do ex-presidente.
09/12/2013, 06h37 - ATUALIZADO EM 09/12/2013, 06h37
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