Comissão discute gargalos operacionais e legislação para melhorar portos — Rádio Senado

Comissão discute gargalos operacionais e legislação para melhorar portos

LOC: A COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA OS GARGALOS OPERACIONAIS, A NOVA LEGISLAÇÃO E O QUE PODE SER FEITO PARA MELHORAR OS PORTOS. 

LOC: O DEBATE CONTOU COM O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS E REPRESENTANTES DE EMPRESAS E DO SETOR ACADÊMICO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.  

TÉC: O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Pedro Brito, disse que se em 2007, quando foi ministro da Secretaria Especial dos Portos, o maior problema do setor era a falta de profundidade para os navios atracarem com segurança, hoje é a questão do acesso. As filas quilométricas de caminhões nas imediações dos portos mostram que é preciso melhorar a integração com rodovias e ferrovias. Priscila Santiago, da Confederação Nacional do Transporte, reclamou ainda de entraves comuns a outras áreas, como impostos altos, dificuldade para a compra de equipamentos, combustível caro e obstáculos burocráticos. 

(PRISCILA): Excesso de burocracia. Regra: mínimo, mínimo, mínimo de 44 documentos embarcados no navio para que consiga operar no Brasil. Dependendo da carga, pode chegar a 52. É muito. 

(REPÓRTER): Ricardo Portella Nunes, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, chamou o excesso de interferência de órgãos como o Ibama, Iphan, Tribunais de Contas, Funai e Ministério Público de entraves democráticos. O senador Osvaldo Sobrinho, do PTB de Mato Grosso, também lamentou as dificuldades para se tocar uma obra no País. 

(OSVALDO): Quando estive no DNIT ajudando, prestando um serviço de assessor parlamentar, eu consegui ver que é impossível as coisas saírem. Quando está para sair aí vem um índio, aí vem Iphan, não sei o quê e as coisas não caminham. 

(REPÓRTER): Já o engenheiro Sílvio dos Santos, do Laboratório de Transportes e Logística, da Universidade Federal de Santa Catarina, alertou que se os problemas de logística não forem resolvidos logo, em 2030, quando a carga mais que dobrar, os entraves serão insuportáveis.
04/12/2013, 00h09 - ATUALIZADO EM 04/12/2013, 00h09
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