Comissão debate desafios do abastecimento de água no país
LOC: MAIS DA METADE DOS MUNICÍPIOS DO PAÍS PODE ENFRENTAR PROBLEMAS DE ABASTECIMENTO EM 2025 CASO NÃO RECEBAM INVESTIMENTOS NO SETOR.
LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) O Brasil tem entre 12 e 16% da água doce de todo o planeta. Mesmo assim, mais de três mil dos 5.565 municípios brasileiros podem enfrentar sérios problemas de abastecimento daqui a 12 anos. A projeção foi feita pela Agência Nacional das Águas, Ana, que produziu um Raio X do setor. O Atlas do Abastecimento de Água indica o potencial de carência de cada município e conclui que serão necessários cerca de 22 bilhões de reais em investimentos. O diretor da área de gestão da Ana, Paulo Lopes Varela Neto, explicou que a maioria desses recursos deve ir para o sistema de distribuição, e o restante, cerca de 20%, para buscar novos mananciais. E mais de 80% desse valor deve ser aplicado na Região Nordeste. Outro debatedor, o presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos, José Galizia Tundisi, acrescentou que esse cenário preocupante é reflexo da falta de tratamento de esgotos e do lixo nos centros urbanos. O presidente da Comissão, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, lembrou que, mesmo com maior injeção de recursos nos últimos anos, o setor carece de recursos humanos, inclusive de nível médio, e de atração da iniciativa privada:
(Fernando Collor) A grande dificuldade para que esse processo de saneamento básico pudesse avançar foi justamente a falta de mão de obra qualificada nessa área especificamente e a falta também de experiência de empresas que, por falta de investimentos em anos e anos em saneamento básico, desistiram de se preocupar com esse tipo de obra, se dedicando a rodovias, ferrovias, portos e quetais.
(Repórter) Além da ação do poder público, os dois especialistas recomendaram soluções simples, como a implantação de fossas sépticas biodigestoras, fáceis de ser implantadas, e o Pagamento por Serviços Ambientais, PSA, que retribui o produtor rural que cuida das nascentes de sua região.
LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) O Brasil tem entre 12 e 16% da água doce de todo o planeta. Mesmo assim, mais de três mil dos 5.565 municípios brasileiros podem enfrentar sérios problemas de abastecimento daqui a 12 anos. A projeção foi feita pela Agência Nacional das Águas, Ana, que produziu um Raio X do setor. O Atlas do Abastecimento de Água indica o potencial de carência de cada município e conclui que serão necessários cerca de 22 bilhões de reais em investimentos. O diretor da área de gestão da Ana, Paulo Lopes Varela Neto, explicou que a maioria desses recursos deve ir para o sistema de distribuição, e o restante, cerca de 20%, para buscar novos mananciais. E mais de 80% desse valor deve ser aplicado na Região Nordeste. Outro debatedor, o presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos, José Galizia Tundisi, acrescentou que esse cenário preocupante é reflexo da falta de tratamento de esgotos e do lixo nos centros urbanos. O presidente da Comissão, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, lembrou que, mesmo com maior injeção de recursos nos últimos anos, o setor carece de recursos humanos, inclusive de nível médio, e de atração da iniciativa privada:
(Fernando Collor) A grande dificuldade para que esse processo de saneamento básico pudesse avançar foi justamente a falta de mão de obra qualificada nessa área especificamente e a falta também de experiência de empresas que, por falta de investimentos em anos e anos em saneamento básico, desistiram de se preocupar com esse tipo de obra, se dedicando a rodovias, ferrovias, portos e quetais.
(Repórter) Além da ação do poder público, os dois especialistas recomendaram soluções simples, como a implantação de fossas sépticas biodigestoras, fáceis de ser implantadas, e o Pagamento por Serviços Ambientais, PSA, que retribui o produtor rural que cuida das nascentes de sua região.
