Exame de proficiência poderá ser necessário para exercer a medicina — Rádio Senado

Exame de proficiência poderá ser necessário para exercer a medicina

LOC: PARA EXERCER A MEDICINA, OS NOVOS PROFISSIONAIS TERÃO QUE PASSAR EM UM EXAME DE HABILIDADES, CONHECIMENTO E ÉTICA. 

LOC: É O QUE DETERMINA UM PROJETO APROVADO NESTA TERÇA-FEIRA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. A REPORTAGEM É DE ROBERTO FRAGOSO. 

(Repórter) A proposta original era que o Exame de Proficiência dos novos médicos, uma condição para o registro profissional, fosse feito ao fim do curso, nos moldes da prova promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil. Depois de ouvir especialistas em audiências públicas, o relator, senador Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, decidiu mudar a proposta para que o exame tenha duas etapas, uma no fim do segundo ano e outra no fim do curso. Assim, a avaliação permite correções durante a formação dos estudantes de Medicina. A prova deve examinar as competências éticas e cognitivas dos alunos, além das habilidades profissionais. Não haverá prova prática. No entanto, o estudante não é obrigado a passar na prova, apenas a participar, a não ser que seja um caso de revalidação de diploma estrangeiro. O senador Wellington Dias, do PT do Piauí, votou contra a iniciativa. Ele acredita que ela vai contra a ideia do programa Mais Médicos, que prevê avaliação para profissionais formados no exterior. 

(Wellington Dias) Nós acabamos de aprovar aqui dentro do programa Mais Médicos, um sistema de avaliação. O que se está propondo aqui, considerando a nova sistemática, ela ficou ultrapassada. Então a nossa posição é contrária, em razão do que foi objeto aqui de um amplo debate. 

(Repórter) Cyro Miranda argumentou que essa proposta mira o futuro, depois que o programa Mais Médicos não for mais necessário. 

(Cyro Miranda) Ela preserva, sim, o aspecto do Mais Médicos. Porque essa matéria, além dela ser terminativa na CAS, vai à Câmara. E ela só entra em vigor dois anos após a sua publicação. Nós temos certeza que daqui a três anos não vai se precisar dos mais médicos, os médicos nossos serão suficientes. 

(Repórter) O projeto também faz mudanças no Sinaes – o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – para prever punições para os cursos de Medicina que tiverem aprovação abaixo de 60% três vezes em um período de cinco anos. Eles podem ter suspensão dos vestibulares, cassação da autorização de funcionamento da instituição e no caso de universidades públicas, advertência, suspensão ou perda do mandato do dirigente responsável.
19/11/2013, 04h05 - ATUALIZADO EM 19/11/2013, 04h05
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