Retirada de assinaturas inviabiliza CPI da CBF — Rádio Senado

Retirada de assinaturas inviabiliza CPI da CBF

LOC: A RETIRADA DE ÚLTIMA HORA DE ASSINATURAS INVIABILIZA A CPI DESTINADA A INVESTIGAR IRREGULARIDADES NAS FEDERAÇÕES DE FUTEBOL E NA CBF. 

LOC: O AUTOR DO PEDIDO VAI RECORRER AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PARA APURAR AS DENÚNCIAS DE DESVIOS DE RECURSOS PÚBLICOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) O senador Mário Couto, do PSDB do Pará, reclamou dos colegas que voltaram atrás no apoio à CPI da Confederação Brasileira de Futebol. A retirada de nove assinaturas do requerimento impediu a investigação de supostas irregularidades na eleição da cúpula das federações estaduais de futebol e da própria CBF. O Regimento exige o apoio de, no mínimo, 27 senadores para uma CPI sair do papel. Mário Couto citou que há dirigentes com mais de 15 anos de mandatos consecutivos. Ele argumentou ainda que algumas federações recebem recursos públicos. E disse que vai repassar ao Ministério Público Federal documentos que comprovariam as supostas irregularidades. Mário Couto destacou que o governo atuou para impedir a investigação de obras superfaturadas da Copa. 

(Mário Couto) O governo não quer deixar de jeito nenhum que se fiscalize as obras da Copa. A modalidade de licitação, eles mudaram. Não se sabe se houve licitação, só se sabe os valores que cheiram a obras superfaturadas. Quando o governo sentiu que essa CPI poderia chegar lá, imediatamente convocou o exército dele e retirou as assinaturas. 

(Repórter) O senador Zezé Perrella, do PDT de Minas Gerais, ex-presidente do Cruzeiro, pediu aos colegas que retirassem as assinaturas da CPI sob o argumento de que a investigação na véspera da Copa do Mundo pode comprometer a imagem do País. 

(Zezé Perrella) Pedi e vou continuar pedindo. Não quero CPI. Não acho que tenha motivo que fundamente uma CPI. Não estou defendendo CBF e nem sou presidente de clube de futebol mais. Acho que uma CPI neste momento, iríamos trazer o holofote do mundo inteiro para o Brasil numa propaganda ruim para o País. Acho que o momento não é próprio. 

(Repórter) A presidente Dilma Rousseff sancionou recentemente uma lei aprovada pelo Senado que limita em uma reeleição o mandato de 4 anos de dirigentes esportivos e obriga as federações a divulgarem sua prestação de contas.
05/11/2013, 06h16 - ATUALIZADO EM 05/11/2013, 06h16
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