Líderes devem indicar integrantes para CPI da violência contra negros — Rádio Senado

Líderes devem indicar integrantes para CPI da violência contra negros

LOC: OS LÍDERES PARTIDÁRIOS DEVEM INDICAR NESTA SEMANA OS NOMES DOS INTEGRANTES DA CPI QUE VAI INVESTIGAR O ASSASSINATO DE JOVENS NEGROS NO PAÍS. 

LOC: DE AUTORIA DA SENADORA LÍDICE DA MATA, A COMISSÃO TERÁ SEIS MESES PARA APURAR OS HOMICÍDIOS E SUGERIR AÇÕES PARA MUDAR ESSE QUADRO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: O requerimento de criação da CPI destinada a investigar o assassinato de jovens negros contou com o apoio de 30 parlamentares. Caberá aos líderes partidários indicar o nome de 18 senadores para que os trabalhos tenham início nos próximos dias. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, dois de cada três jovens vítimas de homicídio são negros. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, a chance de um adolescente negro ser assinado é quase quatro vezes maior do que um branco. Outro estudo revelou que a polícia agride duas vezes mais suspeitos negros do que brancos. De olho nesses dados, a senadora Lídice da Mata do PSB da Bahia pediu a criação da CPI. Ao destacar a importância da Comissão, o presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, defendeu que o senador Paulo Paim do PT gaúcho comande as investigações. 

(Renan) Eu fiz um apelo para que os líderes indiquem o senador Paulo Paim para presidir essa Comissão Parlamentar de Inquérito. Acho que é muito importante. 

REPÓRTER: Ao afirmar que está à disposição da CPI, Paim defendeu que os integrantes da Comissão visitem as cidades com o maior número de assassinatos de negros jovens. 

(Paim) Essa CPI é fundamental, o que acontece no País é gravíssimo. O que é uma prova do preconceito gritante que existe. A CPI, a partir disso, constatando os fatos, verificando que há uma perseguição ao povo negro tomar medidas a nível de Legislativo, Executivo e Judiciário, com campanhas devem combater todo tipo de preconceito nesse caso contra o próprio negro.  

REPÓRTER: A CPI terá o prazo de 180 dias prorrogáveis por igual período para fazer as investigações e sugerir projetos de lei ou políticas de governo que reduzam o número de homicídios desse grupo da população.
28/10/2013, 03h24 - ATUALIZADO EM 28/10/2013, 03h24
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