Gestão multilateral da internet será prioridade de Antonio Patriota na ONU
LOC: AS NEGOCIAÇÕES SOBRE A GESTÃO MULTILATERAL DA INTERNET SERÁ A PRIORIDADE DO EMBAIXADOR BRASILEIRO ANTONIO PATRIOTA NA ONU.
LOC: O EX-CHANCELER FOI SABATINADO PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, E A INDICAÇÃO DO GOVERNO SERÁ AGORA ANALISADA EM PLENÁRIO. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TÉC: Durante a sabatina, todos os senadores fizeram referências à fala da presidente Dilma Rousseff na abertura da Assembléia-Geral da ONU. Na ocasião, Dilma sugeriu ao organismo que coordene negociações sobre o deslocamento da gestão da rede mundial de computadores dos Estados Unidos para o campo multilateral. Esta proposta já conta com o apoio de países como a Índia e a África do Sul, e o diplomata Antonio Patriota confirmou que será uma de suas prioridades na ONU, se for aprovado no Senado.
(ANTONIO PATRIOTA): Eu penso também na questão da espionagem, denunciar os abusos e as violações mas também mostrar caminhos. Mobilizando todos aqueles que, como o Brasil, defendem que a via cibernética não pode ser usada para efeitos espúrios que solapem a soberania, a cooperação entre os Estados.
(REPÓRTER): Mas o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, deixou claro que tem dúvidas sobre a viabilidade desta proposta. Ele acha que o que tem faltado são investimentos mais consistentes por parte do Estado brasileiro neste setor.
(CRISTOVAM BUARQUE): Espionagem é uma questão de ciência e tecnologia, e quem tiver melhor espiona os outros. Eu às vezes fico triste de ver a gente esperneando contra os americanos, a imoralidade dos americanos no Brasil, quando na verdade é uma imoralidade a gente não ter investido no Brasil o suficiente pra não deixar que eles façam conosco.
(REPÓRTER): Já a senadora Vanessa Graziottin do PC do B do Amazonas, presidente da CPI da Espionagem, fez uma defesa da proposta feita pela presidente Dilma na ONU.
(VANESSA GRAZIOTTIN): Como está não pode ficar. Há regulamento pras telecomunicações internacionais mas não há pra Internet, porque os Estados Unidos agem até hoje como os donos, a empresa que cuida disso é uma empresa chamada ICANN, empresa americana. Não pode, como que nós podemos aceitar um negócio desse? E tudo lá se concentra, os processos judiciais.
(REPÓRTER): Também foi aprovada pela Comissão a indicação do diplomata José Felício, hoje embaixador em Cuba, para ser o novo representante brasileiro no Paraguai. Ambas as indicações serão agora analisadas pelo plenário do Senado.
LOC: O EX-CHANCELER FOI SABATINADO PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, E A INDICAÇÃO DO GOVERNO SERÁ AGORA ANALISADA EM PLENÁRIO. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TÉC: Durante a sabatina, todos os senadores fizeram referências à fala da presidente Dilma Rousseff na abertura da Assembléia-Geral da ONU. Na ocasião, Dilma sugeriu ao organismo que coordene negociações sobre o deslocamento da gestão da rede mundial de computadores dos Estados Unidos para o campo multilateral. Esta proposta já conta com o apoio de países como a Índia e a África do Sul, e o diplomata Antonio Patriota confirmou que será uma de suas prioridades na ONU, se for aprovado no Senado.
(ANTONIO PATRIOTA): Eu penso também na questão da espionagem, denunciar os abusos e as violações mas também mostrar caminhos. Mobilizando todos aqueles que, como o Brasil, defendem que a via cibernética não pode ser usada para efeitos espúrios que solapem a soberania, a cooperação entre os Estados.
(REPÓRTER): Mas o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, deixou claro que tem dúvidas sobre a viabilidade desta proposta. Ele acha que o que tem faltado são investimentos mais consistentes por parte do Estado brasileiro neste setor.
(CRISTOVAM BUARQUE): Espionagem é uma questão de ciência e tecnologia, e quem tiver melhor espiona os outros. Eu às vezes fico triste de ver a gente esperneando contra os americanos, a imoralidade dos americanos no Brasil, quando na verdade é uma imoralidade a gente não ter investido no Brasil o suficiente pra não deixar que eles façam conosco.
(REPÓRTER): Já a senadora Vanessa Graziottin do PC do B do Amazonas, presidente da CPI da Espionagem, fez uma defesa da proposta feita pela presidente Dilma na ONU.
(VANESSA GRAZIOTTIN): Como está não pode ficar. Há regulamento pras telecomunicações internacionais mas não há pra Internet, porque os Estados Unidos agem até hoje como os donos, a empresa que cuida disso é uma empresa chamada ICANN, empresa americana. Não pode, como que nós podemos aceitar um negócio desse? E tudo lá se concentra, os processos judiciais.
(REPÓRTER): Também foi aprovada pela Comissão a indicação do diplomata José Felício, hoje embaixador em Cuba, para ser o novo representante brasileiro no Paraguai. Ambas as indicações serão agora analisadas pelo plenário do Senado.
