Operação que trouxe senador boliviano a Brasília repercute no Senado
LOC: A OPERAÇÃO QUE TROUXE O SENADOR BOLIVIANO RÓGER PINTO MOLINA A BRASÍLIA REPERCUTIU NO PLENÁRIO DO SENADO.
LOC: E AS OPINIÕES NÃO FORAM UNÂNIMES, COMO INFORMA O REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: O senador Roger Molina, de oposição ao governo Evo Morales, estava asilado há mais de 400 dias na embaixada do Brasil em La Paz, alegando perseguição política. Ele já tinha conseguido asilo no Brasil, mas o governo da Bolívia não emitiu o salvo conduto, necessário para a viagem. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, defendeu o diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, que levou o senador Roger Molina de carro até a fronteira do Brasil, uma distância aproximada de 1600 quilômetros
(RICARDO FERRAÇO): Um ato de solidariedade humana. Durante esse período todo em que ele esteve asilado na embaixada brasileira, no escritório da chancelaria, em condições bastante improvisadas, 455 dias, sem direito a sol, sem direito a receber visitas, sem direito a receber família, então foi uma decisão realmente difícil, mas uma decisão necessária.
(REPÓRTER): A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, também considerou a operação uma questão humanitária
(ANA AMÉLIA): Foi um ato, no meu juízo, de bom senso. Já que não há uma solução adequada do ponto de vista diplomático porque não haveria disposição do governo de conceder o salvo conduto.
(REPÓRTER): Apesar de considerar o aspecto solidário, o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, espera que a operação tenha acontecido com o aval do governo brasileiro ou ele vê um problema grave de quebra de hierarquia:
(CRISTOVAM BUARQUE): Se isso foi feito de acordo com a decisão do estado brasileiro, nós vamos ter um problema a administrar diplomaticamente com a Bolívia. Mas se nós constatarmos que foi um gesto pessoal nós vamos ter um problema sério de funcionamento das instituições brasileiras.
(REPÓRTER): A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, pensa da mesma forma:
(VANESSA GRAZIOTTIN): Todos nós independente de opiniões partidárias, de posições ideológicas, nós temos que analisar com a maior serenidade, com a maior maturidade o caso, não venha fazer política aqui, o seu lugar de fazer política é lá. O fato é grave.
(REPÓRTER): O governo da Bolívia já anunciou que prepara um pedido de extradição.
LOC: E AS OPINIÕES NÃO FORAM UNÂNIMES, COMO INFORMA O REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: O senador Roger Molina, de oposição ao governo Evo Morales, estava asilado há mais de 400 dias na embaixada do Brasil em La Paz, alegando perseguição política. Ele já tinha conseguido asilo no Brasil, mas o governo da Bolívia não emitiu o salvo conduto, necessário para a viagem. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, defendeu o diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, que levou o senador Roger Molina de carro até a fronteira do Brasil, uma distância aproximada de 1600 quilômetros
(RICARDO FERRAÇO): Um ato de solidariedade humana. Durante esse período todo em que ele esteve asilado na embaixada brasileira, no escritório da chancelaria, em condições bastante improvisadas, 455 dias, sem direito a sol, sem direito a receber visitas, sem direito a receber família, então foi uma decisão realmente difícil, mas uma decisão necessária.
(REPÓRTER): A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, também considerou a operação uma questão humanitária
(ANA AMÉLIA): Foi um ato, no meu juízo, de bom senso. Já que não há uma solução adequada do ponto de vista diplomático porque não haveria disposição do governo de conceder o salvo conduto.
(REPÓRTER): Apesar de considerar o aspecto solidário, o senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, espera que a operação tenha acontecido com o aval do governo brasileiro ou ele vê um problema grave de quebra de hierarquia:
(CRISTOVAM BUARQUE): Se isso foi feito de acordo com a decisão do estado brasileiro, nós vamos ter um problema a administrar diplomaticamente com a Bolívia. Mas se nós constatarmos que foi um gesto pessoal nós vamos ter um problema sério de funcionamento das instituições brasileiras.
(REPÓRTER): A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, pensa da mesma forma:
(VANESSA GRAZIOTTIN): Todos nós independente de opiniões partidárias, de posições ideológicas, nós temos que analisar com a maior serenidade, com a maior maturidade o caso, não venha fazer política aqui, o seu lugar de fazer política é lá. O fato é grave.
(REPÓRTER): O governo da Bolívia já anunciou que prepara um pedido de extradição.
