Comissão debate setor ferroviário brasileiro — Rádio Senado

Comissão debate setor ferroviário brasileiro

LOC: A COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA PROMOVEU NESTA QUARTA-FEIRA UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O SETOR FERROVIÁRIO BRASILEIRO. 

LOC: O DEBATE ABORDOU DESDE O TRANSPORTE METROPOLITANO DE PASSAGEIROS ATÉ O DE CARGAS, PASSANDO PELO TREM BALA ENTRE RIO E SÃO PAULO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

TÉC: O representante da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Jean Mafra dos Reis, falou que a falta de conexão entre as ferrovias é um limitador para a popularização dos trens como ferramenta de transporte de cargas. 

(JEAN): Pela baixa conexão que existe entre a malha ferroviária, a distância média de transporte no brasil é algo em torno de 500 a 600 km na ferrovia, e em mercados ferroviários mais maduros, que têm um transporte ferroviário mais intenso, como os EUA, as distâncias de transporte são de 1.500, 2000 km, o que é mais natural na ferrovia. 

(REPÓRTER): Em relação ao transporte metropolitano de passageiros, o representante da Associação Nacional Dos Transportadores Ferroviários e Diretor-Executivo e da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros Sobre Trilhos, Rodrigo Vilaça, explicou que a energia elétrica responde por um quarto dos custos do setor. 

(RODRIGO): é desta forma que a redução da tarifa de energia se torna necessária para não só resgatar a questão tarifária mas a cobrança desses serviços prestados. 

(REPÓRTER): Já o Diretor-Presidente da Empresa de Planejamento e Logística do Ministério dos Transportes, Bernardo Figueiredo, defendeu o trem bala entre o Rio e São Paulo. A afirmação, no entanto, foi questionada, por meio do Alô Senado, por uma espectadora do bairro Cordeiro, de Recife, Maria de Lourdes de Arruda Silva. O senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, leu a reclamação da Maria de Lourdes. 

(BLAIRO): Que o Brasil não precisa de um trem bala, que atende a apenas uma pequena parcela da população, mas sim de transporte de massa para todos os estados. Alega que o tem bala é um tipo de transporte que irá custar muito aos cofres públicos e que já nos bastam os gastos com a Copa do Mundo. 

(REPÓRTER): O representante do ministério dos Transportes, no entanto, afirmou que os custos do trem bala serão equivalentes ao da construção de um aeroporto e de uma nova Via Dutra. Obras que serão necessárias nos próximos anos, segundo Bernardo Figueiredo, caso o trem de alta velocidade não saia do papel. 

(BERNARDO): Daqui a pouco vamos ver movimentações populares e manifestações porque o eixo Rio-SP entrou em colapso e nós não fizemos nada. Acho que não temos muita alternativa de deixar de fazer alguma coisa no País. 

(REPÓRTER): A população pode participar das audiências públicas por meio do Alô Senado, no telefone 0800-61-2211, nas redes sociais ou na página do senado na internet.
03/07/2013, 01h06 - ATUALIZADO EM 03/07/2013, 01h06
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