Patriota diz que Mercosul não vai concorrer com a Aliança do Pacífico
LOC: O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DISSE QUE O MERCOSUL NÃO ESTÁ ULTRAPASSADO E NEM VAI CONCORRER COM A ALIANÇA DO PACÍFICO.
LOC: ANTÔNIO PATRIOTA DISCUTIU O ASSUNTO NESTA QUINTA-FEIRA COM OS SENADORES DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. REPÓRTER SERGIO VIEIRA.
TEC: Na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o Mercosul continua crescendo, inclusive comercialmente, e tem projetos de integração que seriam superiores à da "Aliança do Pacífico". Durante o debate, os senadores justificaram que convidaram o chanceler brasileiro porque estão preocupados com o risco de menor integração do Brasil no comércio internacional, devido aos novos acordos entre países que seriam mais ágeis e pragmáticos. A "Aliança do Pacífico" é formada por México, Chile, Colômbia e Peru e já possui acordos com mais de 40 países. Mas mas Patriota não contrapõe o Mercosul a este bloco. E cita números que na sua opinião comprovam que o processo hoje envolvendo Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela não estaria estagnado, principalmente se levado em conta o programa comum "FOCEM", voltado para a integração da infra-estrutura.
(ANTONIO PATRIOTA): Eu queria também fazer uma comparação aqui entre o que foi anunciado pela “Aliança do Pacífico”, de um Fundo de Cooperação entre os países membros que alcançaria 1 milhão de dólares, e o FOCEM que em 5 anos de operação já financiou 43 projetos ao custo de mais de 1 bilhão de dólares. A agenda inclui 544 projetos que somados totalizam 130 bilhões de dólares.
(REP): Vários senadores concordaram com o ministro Antônio Patriota e lembraram que os processos de integração são complexos por natureza e sujeitos a oscilações. O presidente, Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo, acredita que os números relativos ao Mercosul são a prova de sua importância para o nosso país.
(RICARDO FERRAÇO): Nos últimos anos os dados, os números revelam de forma bastante clara isso. A corrente de negócios em 91 era de 4.5 bilhões de dólares, 10 anos depois essa corrente evoluiu quase 10 vezes pra 47 bilhões de dólares. O superávit brasileiro de 46 bilhões, comparando vis-a-vis com o nosso superávit com os Estados Unidos que foi de 17 bilhões.
(REP): Patriota disse também que o modelo de integração mais amplo buscado pelo Mercosul ajuda na integração comercial. E revelou que Bolívia, Equador e outros países da América do Sul já manifestaram interesse formal em integrar o Bloco, além da volta iminente do Paraguai. Disse ainda que o comércio do Brasil com os países da Aliança do Pacífico também cresce, e que qualquer acordo comercial que nosso país negocie deve priorizar os interesses dos produtores nacionais.
LOC: ANTÔNIO PATRIOTA DISCUTIU O ASSUNTO NESTA QUINTA-FEIRA COM OS SENADORES DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. REPÓRTER SERGIO VIEIRA.
TEC: Na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o Mercosul continua crescendo, inclusive comercialmente, e tem projetos de integração que seriam superiores à da "Aliança do Pacífico". Durante o debate, os senadores justificaram que convidaram o chanceler brasileiro porque estão preocupados com o risco de menor integração do Brasil no comércio internacional, devido aos novos acordos entre países que seriam mais ágeis e pragmáticos. A "Aliança do Pacífico" é formada por México, Chile, Colômbia e Peru e já possui acordos com mais de 40 países. Mas mas Patriota não contrapõe o Mercosul a este bloco. E cita números que na sua opinião comprovam que o processo hoje envolvendo Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela não estaria estagnado, principalmente se levado em conta o programa comum "FOCEM", voltado para a integração da infra-estrutura.
(ANTONIO PATRIOTA): Eu queria também fazer uma comparação aqui entre o que foi anunciado pela “Aliança do Pacífico”, de um Fundo de Cooperação entre os países membros que alcançaria 1 milhão de dólares, e o FOCEM que em 5 anos de operação já financiou 43 projetos ao custo de mais de 1 bilhão de dólares. A agenda inclui 544 projetos que somados totalizam 130 bilhões de dólares.
(REP): Vários senadores concordaram com o ministro Antônio Patriota e lembraram que os processos de integração são complexos por natureza e sujeitos a oscilações. O presidente, Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo, acredita que os números relativos ao Mercosul são a prova de sua importância para o nosso país.
(RICARDO FERRAÇO): Nos últimos anos os dados, os números revelam de forma bastante clara isso. A corrente de negócios em 91 era de 4.5 bilhões de dólares, 10 anos depois essa corrente evoluiu quase 10 vezes pra 47 bilhões de dólares. O superávit brasileiro de 46 bilhões, comparando vis-a-vis com o nosso superávit com os Estados Unidos que foi de 17 bilhões.
(REP): Patriota disse também que o modelo de integração mais amplo buscado pelo Mercosul ajuda na integração comercial. E revelou que Bolívia, Equador e outros países da América do Sul já manifestaram interesse formal em integrar o Bloco, além da volta iminente do Paraguai. Disse ainda que o comércio do Brasil com os países da Aliança do Pacífico também cresce, e que qualquer acordo comercial que nosso país negocie deve priorizar os interesses dos produtores nacionais.
