Publicidade voltada para crianças divide opiniões de comissão
LOC: A PUBLICIDADE VOLTADA PARA AS CRIANÇAS DIVIDE OPINIÕES NA COMISSÃO QUE ATUALIZA O "CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR".
LOC: NO INÍCIO DOS ANOS 90, QUANDO O CÓDIGO FOI CRIADO, A OBESIDADE INFANTIL NÃO ERA A EPIDEMIA QUE VIROU HOJE. CONFIRA AS INFORMAÇÕES NA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TÉC: De acordo com o relator da Comissão que atualiza o "Código de Defesa do Consumidor", senador Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo, o Relatório já estará pronto para votação em no máximo 3 semanas. O objetivo é que a atualização deste "Código" já esteja votada pelo Senado até o final de maio. O tema discutido nesta segunda-feira foi a publicidade voltada para o público infantil. Isso porque hoje diversos movimentos em defesa do consumidor e setores acadêmicos defendem um controle maior ou até mesmo a proibição da propaganda de alimentos não-saudáveis, quando voltada para as crianças e adolescentes. No início dos anos 90, quando o "Código" foi criado, a obesidade entre as crianças estava longe de ser a epidemia que virou hoje. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 80% das crianças de hoje têm uma dieta com a ingestão de gorduras, sal e açúcar acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, e um terço das crianças já tem um peso superior ao máximo saudável. Este aumento da obesidade está diretamente ligado à explosão do consumo de alimentos não-saudáveis, tornando comum o surgimento até mesmo entre as crianças de problemas como a Hipertensão, o Diabetes e o Colesterol alto. Por causa desta situação o presidente da Comissão, Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, deixou claro ser a favor do controle da publicidade deste tipo de alimentos quando voltado para crianças e jovens.
(RODRIGO ROLLEMBERG): A propaganda da sociedade de consumo não busca o bem-estar das pessoas, mas isto sim vender um produto que trará lucro para uma determinada empresa. Não tem como preocupação educar as crianças.
(REPÓRTER): Porém Rodrigo Rollemberg afirma ser contra proibir este tipo de publicidade, mas sim regulá-la mais fortemente. O representante das empresas de comunicação, Alexandre Jobim, disse que a verba da Publicidade é a única fonte de recursos para a TV aberta, por isso afirmou que o setor é contra a proibição, embora por enquanto por princípio também não veja problemas em propostas que evitem abusos.
(ALEXANDRE JOBIM): Um eventual detalhamento a maior, ela pode ser e é muito bem-vinda, desde que não haja um engessamento e tenha a intenção de banimento.
(REPÓRTER): Este foi o último Ciclo de Debates realizado pela Comissão, que agora irá se concentrar na elaboração e votação do Relatório Final.
LOC: NO INÍCIO DOS ANOS 90, QUANDO O CÓDIGO FOI CRIADO, A OBESIDADE INFANTIL NÃO ERA A EPIDEMIA QUE VIROU HOJE. CONFIRA AS INFORMAÇÕES NA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TÉC: De acordo com o relator da Comissão que atualiza o "Código de Defesa do Consumidor", senador Ricardo Ferraço do PMDB do Espírito Santo, o Relatório já estará pronto para votação em no máximo 3 semanas. O objetivo é que a atualização deste "Código" já esteja votada pelo Senado até o final de maio. O tema discutido nesta segunda-feira foi a publicidade voltada para o público infantil. Isso porque hoje diversos movimentos em defesa do consumidor e setores acadêmicos defendem um controle maior ou até mesmo a proibição da propaganda de alimentos não-saudáveis, quando voltada para as crianças e adolescentes. No início dos anos 90, quando o "Código" foi criado, a obesidade entre as crianças estava longe de ser a epidemia que virou hoje. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 80% das crianças de hoje têm uma dieta com a ingestão de gorduras, sal e açúcar acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, e um terço das crianças já tem um peso superior ao máximo saudável. Este aumento da obesidade está diretamente ligado à explosão do consumo de alimentos não-saudáveis, tornando comum o surgimento até mesmo entre as crianças de problemas como a Hipertensão, o Diabetes e o Colesterol alto. Por causa desta situação o presidente da Comissão, Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, deixou claro ser a favor do controle da publicidade deste tipo de alimentos quando voltado para crianças e jovens.
(RODRIGO ROLLEMBERG): A propaganda da sociedade de consumo não busca o bem-estar das pessoas, mas isto sim vender um produto que trará lucro para uma determinada empresa. Não tem como preocupação educar as crianças.
(REPÓRTER): Porém Rodrigo Rollemberg afirma ser contra proibir este tipo de publicidade, mas sim regulá-la mais fortemente. O representante das empresas de comunicação, Alexandre Jobim, disse que a verba da Publicidade é a única fonte de recursos para a TV aberta, por isso afirmou que o setor é contra a proibição, embora por enquanto por princípio também não veja problemas em propostas que evitem abusos.
(ALEXANDRE JOBIM): Um eventual detalhamento a maior, ela pode ser e é muito bem-vinda, desde que não haja um engessamento e tenha a intenção de banimento.
(REPÓRTER): Este foi o último Ciclo de Debates realizado pela Comissão, que agora irá se concentrar na elaboração e votação do Relatório Final.