CNI diz que MP dos Portos vai corrigir problemas de infraestrutura — Rádio Senado

CNI diz que MP dos Portos vai corrigir problemas de infraestrutura

LOC: REPRESENTANTES DO TRANSPORTE E DA INDÚSTRIA ELOGIAM MEDIDA PROVISÓRIA QUE REGULA A EXPLORAÇÃO E OS NOVOS INVESTIMENTOS EM PORTOS.  

LOC: ESTA FOI A QUARTA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO MISTA, QUE AINDA VAI OUVIR AUTORIDADES DO GOVERNO ANTES DE VOTAR A EMEPÊ. REPÓRTER NILO BAIRROS: 

(Repórter) O representante da CNI, José de Freitas Mascarenhas, lembrou que somente o porto de Xangai, na China, carrega mais contêineres que todos os portos brasileiros juntos, e que as docas públicas não têm para onde crescer, em razão do inchaço das cidades. José Mascarenhas afirmou que a emepê 595 é bem-vinda porque vem corrigir os problemas de infraestrutura: 

(José Mascarenhas) É um importante avanço, porque ordena o marco legal do setor, acaba com distinção de carga própria e de terceiros, que é uma maluquice brasileira, organiza os novos investimentos em terminais privados e suas prorrogações, ordena os novos investimentos em terminais privados dentro da área do porto e define porto organizado como bem público, onde as concessões e arrendamentos se darão através de licitações. 

(Repórter) Já o diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte, CNT, Bruno Batista, citou recente estudo da entidade sobre o transporte marítimo. O elevado custo tarifário e o excesso de burocracia estão entre os problemas apontados pelos entrevistados. Mas a falta de investimento público em infraestrutura é o maior obstáculo, segundo Bruno Batista: 

(Bruno Batista) De forma geral o governo tem investido pouco em infraestrutura de transporte, isso não é uma exclusividade relacionada ao setor marítimo, para se ter uma ideia, no ano passado, do total de recursos disponíveis autorizados no Orçamento da união, o governo pagou, no final de 2012, algo como 45 por cento do orçamento. 

(Repórter) Mais otimista, o representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, Carlos Augusto Cavalcante, afirmou que do ano passado para cá o país experimenta uma relação entre o setor público e o privado que não era vista há mais de 40 anos: 

(Carlos Augusto Cavalcante) Nós estamos falando de um governo que reformulou em rodovias, ferrovias, energia elétrica, aeroportos e portos, que é o tema dessa comissão, a forma de pensar, de estruturar a modalidade de gestão de cada uma dessas áreas de infraestrutura e fundalmentalmente está chamando o setor privado para fazer aquilo que o setor privado melhor faz: que é investir e fazer a gestão. 

(Repórter) Outro convidado, o empresário Jorge Gerdau Joanpeter, também apoiou a emepê e pediu liberdade para os portos privados contratarem pessoal sem a necessidade do OGMO, que é o órgão gestor da mão de obra utilizado hoje nos portos.
13/03/2013, 09h27 - ATUALIZADO EM 13/03/2013, 09h27
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