Novos servidores têm mudanças nas regras para aposentadoria — Rádio Senado

Novos servidores têm mudanças nas regras para aposentadoria

LOC: AS NOVAS REGRAS PARA A APOSENTADORIA DOS TRABALHADORES QUE INGRESSAM NO SERVIÇO PÚBLICO JÁ ESTÃO VALENDO DESDE 4 DE FEVEREIRO. 

LOC: OS NOVOS SERVIDORES, QUANDO SE APOSENTAREM, VÃO RECEBER A MESMA REMUNERAÇÃO DO INSS E TERÃO DIREITO A UM FUNDO COMPLEMENTAR. REPORTAGEM ANA BEATRIZ SANTOS. 

(REPÓRTER) Com as mudanças, os novos servidores vão se aposentar pelo teto do INSS, e terão direito a aderir à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal, a Funpresp. A lei com a criação da nova regra foi aprovada no Senado no primeiro semestre de 2012. A proposta teve como relator o senador José Pimentel, do PT do Ceará. Na opinião dele, a alteração no regime de aposentadoria é mais justa porque apresenta normas iguais para todos os trabalhadores brasileiros.

(José Pimentel) “esse projeto traz regras semelhantes para todos os brasileiros, sejam eles da iniciativa privada, que são os assalariados, sejam autônomos, sejam empresários, sejam os servidores civis da União. Todos eles têm a mesma regra”

(REPÓRTER) Pela nova regra, os servidores públicos que ganharem salário maior que o teto pago pela Previdência, que é de 4 mil e 159 reais, não poderão receber o salário integral. Se quiserem remuneração superior, terão que contribuir para o Plano de Benefício Complementar da Funpresp. Ao fazer a adesão ao fundo, os novos servidores poderão escolher entre três faixas diferentes de alíquota para contribuição. A adesão será voluntária. Em entrevista ao programa Conexão Senado, da Rádio Senado, o Secretário de Políticas de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência, Jaime Mariz, deu detalhes sobre a implantação do sistema e respondeu às participações de ouvintes. Uma delas pedia que o secretário comparasse o benefício complementar dos servidores a um fundo de previdência privada disponível no mercado. Para Jaime Mariz, contribuir para a Funpresp será mais vantajoso para o novo servidor.  

(Jaime Mariz) “não é obrigatório, mas se ele aderir ao fundo privado, a União não fará sua contribuição paritária. Então ele deixa de ter a contribuição paritária da União . Ele fará um péssimo negócio, porque pra cada 500 reais que ele colocar lá, a União também vai colocar outros 500. Isto é, a União vai contribuir com metade da poupança previdenciária que vai financiar a complementação salarial quando de sua aposentadoria”.

(REPÓRTER) Os servidores públicos que já estão em exercício do cargo antes da implantação da mudança terão dois anos para decidir se querem fazer parte do novo regime previdenciário e aderir à Funpresp.
07/02/2013, 01h26 - ATUALIZADO EM 07/02/2013, 01h26
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