Oposição quer explicações de Mantega sobre contas públicas do governo — Rádio Senado

Oposição quer explicações de Mantega sobre contas públicas do governo

LOC: A OPOSIÇÃO QUER EXPLICAÇÕES DO MINISTRO DA FAZENDA SOBRE A MANOBRA CONTÁBIL NAS CONTAS PÚBLICAS DO GOVERNO FEDERAL.  

LOC: OS SENADORES GOVERNISTAS NEGAM QUALQUER IRREGULARIDADE NAS OPERAÇÕES FINANCEIRAS DA UNIÃO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: O senador Paulo Bauer do PSDB de Santa Catarina disse que o partido vai apresentar um pedido de informação ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre manobras contábeis. Para fechar as contas de 2012, a União contabilizou recursos do Fundo Soberano, usado apenas em casos emergenciais, do BNDES e da Caixa Econômica Federal para cobrir um rombo de cerca de 100 bilhões de reais. Além disso, o governo não incluiu nas despesas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento. Paulo Bauer, que é contador, considera as manobras irregulares. Ele argumentou que Mantega é obrigado a esclarecer por escrito os questionamentos do PSDB sob pena de responder por crime de responsabilidade. 

(Bauer) Depois disso, encaminharíamos esse assunto para o Tribunal de Contas da União, órgão adequado par analisar. Se considerados irregulares, nós encaminharíamos o assunto para outras providências de ordem política, administrativa, que só poderiam ser conhecidas após uma manifestação do TCU. 

REP: O senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, que é relator do Orçamento Geral da União de 2013, negou quaisquer irregularidades nas contas do governo. Ele argumentou que o uso do Fundo Soberano foi necessário diante do resultado ruim dos estados e municípios para cumprir com a meta de superávit primário, que é a economia para o pagamento dos juros da dívida pública. 

(Jucá) O governo está trabalhando transparentemente. Melhor do que não cumprir com o superávit primário é tomar todas as providências necessárias. Acho que a oposição não tem o direito de colocar em xeque a política fiscal e econômica da presidente Dilma Rousseff que tem sido uma política de desoneração e de incentivo ao trabalho, às exportações e ao crescimento econômico. 

REP: Os especialistas em contas públicas alegam que essa manobra contábil compromete a confiança dos investidores estrangeiros. O próprio governo já admite que não deverá cumprir a meta de superávit primário de 3,1% neste ano.
08/01/2013, 00h47 - ATUALIZADO EM 08/01/2013, 00h47
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