Caixa investiu apenas 5,5% do previsto para obras de mobilidade social — Rádio Senado

Caixa investiu apenas 5,5% do previsto para obras de mobilidade social

LOC: A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL INVESTIU APENAS 5,5 POR CENTO DO PREVISTO ATÉ AGORA PARA OBRAS DE MOBILIDADE SOCIAL. 

LOC: O NÚMERO FOI TRAZIDO AO PLENÁRIO PELA SENADORA ANA AMÉLIA, QUE MANIFESTOU PREOCUPAÇÃO COM AS OBRAS PARA A COPA E AS OLIMPÍADAS NO RIO DE JANEIRO. REPÓRTER NILO BAIRROS:  

(Repórter) De acordo com o planejado, a Caixa Econômica Federal, banco responsável pelos financiamentos de obras nas cidades sede da Copa do Mundo, já deveria ter investido 9,5 bilhões de reais em mobilidade social. Mas, até o momento, foram liberados apenas 522 milhões, ou 5,5 por cento do previsto. O cálculo do Tribunal de Contas da União, órgão que controla a execução orçamentária do governo, foi comentado nesta quinta-feira pela senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, que participou de evento sobre a Copa de 2014 e as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016 organizado pelo Ministério Público em Brasília. Ana Amélia, que foi relatora da Lei Geral da Copa, lembrou que mobilidade social envolve as obras mais importantes para a população e se disse preocupada com o saldo que esses megaeventos deixarão para o povo brasileiro: 

(Ana Amélia) Na avaliação dos participantes, as falhas no cumprimento das obras comprometerão o legado de infraestrutura que precisa ser deixado à sociedade brasileira quando esses grandes eventos estiverem encerrados. Precisamos de estradas de melhor qualidade para permitir o deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa, precisamos também de transporte público de boa qualidade. 

(Repórter) Para reforçar a urgência dessas obras, Ana Amélia citou dados da organização não governamental “Mobilize”, dando conta de que um terço das viagens dentro das cidades brasileiras é feito a pé ou em cadeira de rodas. Para a senadora, a construção de calçadas com acessibilidade faz parte dessas obras atrasadas. Ana Amélia defendeu ainda a aprovação de projeto de sua autoria que limita a 25% o aditivo de contrato, ou seja, o aumento de gastos depois da contratação das obras. Atualmente, a lei de licitações permite que esse aditivo chegue a 50% do valor inicial. A senadora aproveitou para pedir que o presidente da Comissão de Constituição de Justiça, senador Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, agilize a indicação de um relator para o projeto.
22/11/2012, 05h00 - ATUALIZADO EM 22/11/2012, 05h00
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