Sociedade não reage de maneira apropriada aos homicídios de negros
LOC: A SOCIEDADE BRASILEIRA NÃO REAGE DE FORMA APROPRIADA AOS HOMICÍDIOS PRATICADOS CONTRA OS JOVENS NEGROS.
LOC: FOI O QUE AFIRMOU A MINISTRA DA IGUALDADE RACIAL, LUÍZA BAIRROS, AO COMENTAR A PESQUISA “VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA NO BRASIL”, PROMOVIDA PELO DATASENADO. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.
(Repórter) De acordo com a pesquisa, 62% da população acreditam que jovens brancos e negros são mortos na mesma proporção no país. Esse resultado mostra que as pessoas ouvidas desconhecem o fato de que 75% dos jovens assassinados no Brasil são negros. Outro resultado que chama atenção é que 55% dos entrevistados admitiram que a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a de um jovem branco. Em entrevista ao programa Conexão Senado desta segunda-feira, a ministra Luiza Bairros disse que os dados obtidos pelo estudo já eram esperados.
(Luiza Bairros) Não surpreendeu tanto porque a motivação da pesquisa foi exatamente o fato de que no Brasil os homicídios de jovens são mais de 50% do total de homicídios, entre esses jovens que morrem a maioria absoluta é negra, e nós não vemos na sociedade uma reação mais apropriada ao tamanho dessa perda que nós temos.
(Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, mostrou preocupação quanto aos resultados da pesquisa.
(Paulo Paim) Mostram o quanto que é forte ainda no país a violência principalmente contra jovens negros. Cada dez jovens assassinados, sete no mínimo são negros. No entanto a população, pela pesquisa, ainda não tem a percepção da gravidade desses índices, que expressam de forma perigosa o quanto da violência e da discriminação ainda campeiam pelo Brasil.
(Repórter) Durante a entrevista à Rádio Senado, a ministra Luiza Bairros também comentou a possível adoção de cotas raciais para ingresso no serviço público.
(Luiza Bairros) Em diferentes carreiras você vai ter percentuais de participação de profissionais negros que também é diferenciado. Então é preciso que se pense algum tipo de resposta, não sei se isso seria cotas estabelecidas de acordo com a carreira ou se seria uma cota geral para o serviço público, então é exatamente nesse ponto que a gente ainda está fazendo os estudos necessários para poder ver exatamente qual seria a melhor proposta.
(Repórter) A pesquisa “Violência contra a juventude negra no Brasil” foi realizada entre os dias primeiro e onze de outubro. Foram entrevistadas mil, duzentas e trinta e quatro pessoas de 123 municípios do país.
LOC: FOI O QUE AFIRMOU A MINISTRA DA IGUALDADE RACIAL, LUÍZA BAIRROS, AO COMENTAR A PESQUISA “VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA NO BRASIL”, PROMOVIDA PELO DATASENADO. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.
(Repórter) De acordo com a pesquisa, 62% da população acreditam que jovens brancos e negros são mortos na mesma proporção no país. Esse resultado mostra que as pessoas ouvidas desconhecem o fato de que 75% dos jovens assassinados no Brasil são negros. Outro resultado que chama atenção é que 55% dos entrevistados admitiram que a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a de um jovem branco. Em entrevista ao programa Conexão Senado desta segunda-feira, a ministra Luiza Bairros disse que os dados obtidos pelo estudo já eram esperados.
(Luiza Bairros) Não surpreendeu tanto porque a motivação da pesquisa foi exatamente o fato de que no Brasil os homicídios de jovens são mais de 50% do total de homicídios, entre esses jovens que morrem a maioria absoluta é negra, e nós não vemos na sociedade uma reação mais apropriada ao tamanho dessa perda que nós temos.
(Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, mostrou preocupação quanto aos resultados da pesquisa.
(Paulo Paim) Mostram o quanto que é forte ainda no país a violência principalmente contra jovens negros. Cada dez jovens assassinados, sete no mínimo são negros. No entanto a população, pela pesquisa, ainda não tem a percepção da gravidade desses índices, que expressam de forma perigosa o quanto da violência e da discriminação ainda campeiam pelo Brasil.
(Repórter) Durante a entrevista à Rádio Senado, a ministra Luiza Bairros também comentou a possível adoção de cotas raciais para ingresso no serviço público.
(Luiza Bairros) Em diferentes carreiras você vai ter percentuais de participação de profissionais negros que também é diferenciado. Então é preciso que se pense algum tipo de resposta, não sei se isso seria cotas estabelecidas de acordo com a carreira ou se seria uma cota geral para o serviço público, então é exatamente nesse ponto que a gente ainda está fazendo os estudos necessários para poder ver exatamente qual seria a melhor proposta.
(Repórter) A pesquisa “Violência contra a juventude negra no Brasil” foi realizada entre os dias primeiro e onze de outubro. Foram entrevistadas mil, duzentas e trinta e quatro pessoas de 123 municípios do país.