Relator defende medidas para acabar com guerra fiscal entre estados — Rádio Senado

Relator defende medidas para acabar com guerra fiscal entre estados

LOC: SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATERAM NESTA TERÇA-FEIRA AS PROPOSTAS APRESENTADAS PELO COLEGIADO DE ESPECIALISTAS QUE DISCUTIU O PACTO FEDERATIVO.

LOC: O EX-SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, EVERARDO MACIEL, DEFENDEU PONTOS DO RELATÓRIO, COMO MEDIDAS PARA ACABAR COM A GUERRA FISCAL ENTRE OS ESTADOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.

TÉC: O relatório final da Comissão de Especialistas que discute a relação entre a União, os estados e os municípios traz uma série de sugestões legislativas entre propostas de Emenda à Constituição, projetos de leis complementares, projetos de lei, resoluções do Senado e emendas a propostas em análise no Congresso, para tornar mais igualitária a distribuição de recursos. Uma das ideias é mudar os critérios de repasse do dinheiro do Fundo de Participação dos Estados, que perdem a validade em 31 de dezembro deste ano, para favorecer os estados menos desenvolvidos. A fórmula é manter os valores entregues em 2012, e o que for arrecadado acima desse valor será distribuído dando prioridade aos estados mais populosos e com menor PIB por habitante. Outro ponto importante, de acordo com o relator, o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, é atualizar a lei complementar 24, de 1975, e assim criar regras efetivas para acabar com a chamada guerra fiscal.

(Everardo Maciel) Explicar porque a guerra fiscal tomou esse vulto, a literatura sobre esse assuntos aponta muitas causas, eu próprio já escrevi muito sobre o assunto, tem uma porção de coisas. Porque é uma lei que não tem sanção, porque tem uma impunidade continuada em virtude disso. Porque a União demitiu de si a responsabilidade de tratar dessa matéria, até pela instituição dos órgãos que tratavam do assunto. Porque os planos de desenvolvimento regional não existem. A combinação de tudo isso resultou o quadro de hoje que é um quadro reprovado por todo mundo, e se não fosse por todo mundo, o que é mais relevante, pelo Supremo Tribunal Federal.

(Repórter

06/11/2012, 01h39 - ATUALIZADO EM 06/11/2012, 01h39
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