Justiça brasileira proíbe exibição de filme que ofende Maomé — Rádio Senado

Justiça brasileira proíbe exibição de filme que ofende Maomé

LOC: A JUSTIÇA PROIBIU A EXIBIÇÃO PELA INTERNET NO BRASIL DO FILME QUE OFENDE MAOMÉ E QUE CAUSOU UMA ONDA DE PROTESTOS MUÇULMANOS EM TODO O MUNDO.

LOC: O SENADOR EDUARDO SUPLICY, DO PT DE SÃO PAULO, MEMBRO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, DIZ CONCORDAR COM A DECISÃO PORQUE O FILME, MAIS QUE OFENSIVO, É UMA FRAUDE. REPÓRTER NARA FERREIRA:

TÉC: De acordo com decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, o site de vídeos na Internet YouTube tem dez dias para tirar do ar no Brasil o trailer de 'Inocência dos Muçulmanos', sob pena de pagar multa de 10 mil reais por dia de descumprimento. O filme causou violentos protestos em países islâmicos e teria motivado o ataque ao consulado dos Estados Unidos na Líbia, em que morreram o embaixador e três funcionários norte-americanos. O juiz Gilson Miranda, da vigésima quinta Vara Cível, acatou pedido da União Nacional Islâmica contra a Google Brasil, responsável pelo serviço de vídeos online. Na decisão, o juiz nega se tratar de censura, e afirma que cancelar o que é ilícito não ofende a liberdade de pensamento e de expressão, prevista na Constituição brasileira. Para o senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, a determinação da Justiça foi acertada:

(SUPLICY 1) Eu sou defensor da liberdade de expressão, acho importante, acontece que no caso esse filme exibido através da Internet vem causando revolta e um sentimento inclusive de vontade de vingança por parte dos que seguem os ensinamentos de Maomé...vamos procurar evitar que haja violência tão grande e ofensas tão graves

(REP) Suplicy, que é membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, destacou ainda que o filme foi fruto de uma fraude com os próprios artistas que participaram das gravações:

(SUPLICY 2) O responsável inseriu a palavra Maomé sem que os próprios artistas que atuaram no filme soubessem que o propósito era de ofensa a Maomé, o filme foi uma fraude.

(REP) Ao discursar na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff condenou o que chamou de islamofobia, o preconceito contra a religião muçulmana.
26/09/2012, 01h19 - ATUALIZADO EM 26/09/2012, 01h19
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