Especialistas apontam equívocos no ensino técnico no Brasil
LOC: A FRENTE PARLAMENTAR DA EDUCAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA OS EQUÍVOCOS DO ENSINO TÉCNICO NO BRASIL.
LOC: DURANTE O DEBATE, ESPECIALISTAS E PARLAMENTARES DEFENDERAM MUDANÇAS NO ATUAL SISTEMA DE EDUCAÇÃO. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
LOC: O especialista em educação Claudio de Moura Castro apresentou a palestra "Velhos cacoetes e novos equívocos" sobre o ensino técnico no Brasil. Segundo ele, o país ainda não conseguiu superar o dilema se prepara o aluno do ensino médio para o mercado de trabalho ou para entrar na universidade. Moura criticou a falta de estrutura e o engessamento do atual modelo, com o excesso de disciplinas obrigatórias e a dificuldade de se aplicar, na prática, o que se aprende nas salas de aula. Para Cláudio de Moura Castro, outro erro na legislação é a exigência de diplomas de pós-graduação para os professores responsáveis pelas escolas técnicas, o que pode afastar profissionais experientes do mercado. Ele também lembrou que tradicionalmente no Brasil as boas escolas técnicas recebem alunos de elite, que não estão interessados em seguir a profissão, mas passar no vestibular. E citou como exemplo uma escola técnica federal no Piauí.
(Claudio) Estatística interessante. Neste curso integrado, 99,6 por cento dos alunos estão interessados em fazer o vestibular. Ou seja, que escola técnica é esta onde 96 por cento dos alunos não estão interessados na profissão.
(REPÓRTER) Os parlamentares reconheceram as deficiências e as dificuldades na educação brasileira. Mas apontaram os avanços obtidos nos últimos anos, como o aumento do número de alunos matriculados do ensino infantil ao superior e em escolas técnicas. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, lamentou o baixo desempenho do Brasil no IDEB, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, e em avaliações internacionais. E defendeu mudanças urgentes no atual sistema de ensino.
(CRISTOVAM) A nova educação só virá de um salto e esse salto só virá se criarmos um sistema novo educacional ao lado do sistema tradicional que será substituído na medida em que o novo for implantado. A educação exige algo novo e não apenas a melhoria do passado que se manifesta no presente de hoje.
(REPÓRTER) O evento organizado pela Frente Parlamentar da Educação faz parte do ciclo de palestras para discutir os desafios do ensino no Brasil.
LOC: DURANTE O DEBATE, ESPECIALISTAS E PARLAMENTARES DEFENDERAM MUDANÇAS NO ATUAL SISTEMA DE EDUCAÇÃO. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
LOC: O especialista em educação Claudio de Moura Castro apresentou a palestra "Velhos cacoetes e novos equívocos" sobre o ensino técnico no Brasil. Segundo ele, o país ainda não conseguiu superar o dilema se prepara o aluno do ensino médio para o mercado de trabalho ou para entrar na universidade. Moura criticou a falta de estrutura e o engessamento do atual modelo, com o excesso de disciplinas obrigatórias e a dificuldade de se aplicar, na prática, o que se aprende nas salas de aula. Para Cláudio de Moura Castro, outro erro na legislação é a exigência de diplomas de pós-graduação para os professores responsáveis pelas escolas técnicas, o que pode afastar profissionais experientes do mercado. Ele também lembrou que tradicionalmente no Brasil as boas escolas técnicas recebem alunos de elite, que não estão interessados em seguir a profissão, mas passar no vestibular. E citou como exemplo uma escola técnica federal no Piauí.
(Claudio) Estatística interessante. Neste curso integrado, 99,6 por cento dos alunos estão interessados em fazer o vestibular. Ou seja, que escola técnica é esta onde 96 por cento dos alunos não estão interessados na profissão.
(REPÓRTER) Os parlamentares reconheceram as deficiências e as dificuldades na educação brasileira. Mas apontaram os avanços obtidos nos últimos anos, como o aumento do número de alunos matriculados do ensino infantil ao superior e em escolas técnicas. O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, lamentou o baixo desempenho do Brasil no IDEB, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, e em avaliações internacionais. E defendeu mudanças urgentes no atual sistema de ensino.
(CRISTOVAM) A nova educação só virá de um salto e esse salto só virá se criarmos um sistema novo educacional ao lado do sistema tradicional que será substituído na medida em que o novo for implantado. A educação exige algo novo e não apenas a melhoria do passado que se manifesta no presente de hoje.
(REPÓRTER) O evento organizado pela Frente Parlamentar da Educação faz parte do ciclo de palestras para discutir os desafios do ensino no Brasil.
