Comissão debate greves nas universidades e escolas federais — Rádio Senado

Comissão debate greves nas universidades e escolas federais

LOC: AS GREVES NAS UNIVERSIDADES E EM ESCOLAS FEDERAIS FORAM DEBATIDAS NESTA QUARTA-FEIRA, NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. 

LOC: E OS SENADORES PEDIRAM QUE O GOVERNO MANTENHA AS NEGOCIAÇÕES COM A CATEGORIA. REPÓRTER LARISSA BORTONI.  

(Repórter) O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior informou que até a manhã de quarta-feira os professores de 52 universidades federais estavam parados. Os docentes de seis instituições já retornaram ao trabalho. Segundo a presidente do Andes, Marinalva Oliveira, a greve iniciada há mais de três meses continua forte, porque a proposta apresentada do governo não atendeu às reivindicações de reestruturação da carreira e de melhores condições de trabalho. 

(Marinalva Oliveira) Nós temos dossiês de várias universidades que foram criadas a partir do Reuni onde as aulas estão sendo ministradas em escolas municipais. Onde não tem laboratório. Onde alguns cursos não têm sequer aquele mínimo para que você possa ter uma educação de qualidade. 

(Repórter) O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Henrique Pessoa Lins, pediu que os professores retornem às salas de aula. Segundo ele, a categoria vai receber o maior reajuste do serviço público federal, que varia entre 25% a 40%, a ser pago até 2015. 

(Amaro Henrique Pessoa Lins) saímos desta greve, mas de cabeça erguida, porque nós fomos a carreira que a melhor negociação teve entre as carreiras do governo federal. Ninguém na Esplanada. Nenhum ministério conseguiu obter os ganhos que os docentes e os nossos servidores técnico-administrativos tiveram. 

(Repórter) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, lamentou que o primeiro semestre do ano tenha sido marcado pela greve de professores. Além disso, propôs que a categoria e o governo federal mantenham as negociações. 

(Cristovam Buarque) Mesmo que o governo tenha chegado ao limite ainda se pode negociar, porque há outras fontes de onde se pode entrar dinheiro e ainda que não tenha nenhum lugar de onde tirar dinheiro. Supondo que a constituição não permitisse e não temos tempo de fazer uma reforma constitucional mesmo assim valia a pena continuar negociando para discutir o futuro. 

(Repórter) Estão marcadas para quinta e sexta-feira assembleias dos professores das universidades federais ainda em greve.
29/08/2012, 04h52 - ATUALIZADO EM 29/08/2012, 04h52
Duração de áudio: 02:17
Ao vivo
00:0000:00