Pagot revela pressão da Delta para aumentar valores de contratos com o Dnit
LOC: EM DEPOIMENTO À CPI MISTA DO CACHOEIRA, EX-DIRETOR DO DNIT REVELA PRESSÃO DA CONSTRUTORA DELTA PARA AUMENTAR VALORES DE CONTRATOS.
LOC: SENADORES VOLTAM A DEFENDER QUE AS INVESTIGAÇÕES TENHAM COMO FOCO A ATUAÇÃO DA CONSTRUTORA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Ao longo de oito horas na CPI, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Pagot, negou irregularidades que justificassem a demissão dele do cargo. Pagot se disse vítima de uma armação do contraventor Carlos Ramos e de dirigentes da construtora Delta, que tiveram interesses contrariados, como o não aditamento de contratos. Ele negou conhecer Carlinhos Cachoeira, mas confirmou encontros com o dono da Delta, Fernando Cavendish, e com o diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, para discutir contratos. Ainda no depoimento, o ex-diretor do Dnit admitiu ter pedido doações de empreiteiros para a campanha presidencial do PT de 2010.
(Luiz Pagot) Acreditei que não estava cometendo nenhuma ilegalidade. De maneira nenhuma, associei a doação de campanha a qualquer ato administrativo do DNIT. E pedi, sim, que se pudessem fazer alguma contribuição para a campanha, não estabeleci percentuais, que, por favor, fizessem.
(Repórter) Para o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, essas revelações justificam a convocação do ex-tesoureiro do PT, José de Fillipi, que já foi derrubada pela CPI. Ele ressaltou que Pagot foi pressionado a fazer o pedido pelo cargo que ocupava.
(Alvaro Dias) Ele foi usado pelo poder de influir e pelo exercício da influência, nesse caso descabida, para facilitar a captação de recursos para campanha da presidente Dilma. O tesoureiro Fillipi tem que comparecer à CPI.
(Repórter) O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, avalia que as investigações mostram que CPI do Cachoeira deve se transformar na CPI da Delta.
(Randolfe Rodrigues) Mostra como atua o Senhor Cavendish cooptando, comprando agentes políticos, pressionando e achincalhando gestores públicos que conduzem os contratos Mostra o modus operandi do Senhor Cavendish, que não tem como não sair dessa CPI indiciado por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa.
(Repórter) O dono da Delta comparecerá à CPI Mista do Cachoeira nesta quarta-feira. Mas Fernando Cavendish não responderá às perguntas por ter um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
LOC: SENADORES VOLTAM A DEFENDER QUE AS INVESTIGAÇÕES TENHAM COMO FOCO A ATUAÇÃO DA CONSTRUTORA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Ao longo de oito horas na CPI, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Pagot, negou irregularidades que justificassem a demissão dele do cargo. Pagot se disse vítima de uma armação do contraventor Carlos Ramos e de dirigentes da construtora Delta, que tiveram interesses contrariados, como o não aditamento de contratos. Ele negou conhecer Carlinhos Cachoeira, mas confirmou encontros com o dono da Delta, Fernando Cavendish, e com o diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, para discutir contratos. Ainda no depoimento, o ex-diretor do Dnit admitiu ter pedido doações de empreiteiros para a campanha presidencial do PT de 2010.
(Luiz Pagot) Acreditei que não estava cometendo nenhuma ilegalidade. De maneira nenhuma, associei a doação de campanha a qualquer ato administrativo do DNIT. E pedi, sim, que se pudessem fazer alguma contribuição para a campanha, não estabeleci percentuais, que, por favor, fizessem.
(Repórter) Para o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, essas revelações justificam a convocação do ex-tesoureiro do PT, José de Fillipi, que já foi derrubada pela CPI. Ele ressaltou que Pagot foi pressionado a fazer o pedido pelo cargo que ocupava.
(Alvaro Dias) Ele foi usado pelo poder de influir e pelo exercício da influência, nesse caso descabida, para facilitar a captação de recursos para campanha da presidente Dilma. O tesoureiro Fillipi tem que comparecer à CPI.
(Repórter) O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, avalia que as investigações mostram que CPI do Cachoeira deve se transformar na CPI da Delta.
(Randolfe Rodrigues) Mostra como atua o Senhor Cavendish cooptando, comprando agentes políticos, pressionando e achincalhando gestores públicos que conduzem os contratos Mostra o modus operandi do Senhor Cavendish, que não tem como não sair dessa CPI indiciado por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa.
(Repórter) O dono da Delta comparecerá à CPI Mista do Cachoeira nesta quarta-feira. Mas Fernando Cavendish não responderá às perguntas por ter um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal.
