CPI continuará investigando relação de Demóstenes com Carlos Ramos — Rádio Senado

CPI continuará investigando relação de Demóstenes com Carlos Ramos

LOC: A CPI DO CACHOEIRA VAI CONTINUAR INVESTIGANDO O ENVOLVIMENTO DO EX-SENADOR DEMÓSTENES TORRES COM O CONTRAVENTOR CARLOS RAMOS. 

LOC: O ADVOGADO DO EX-PARLAMENTAR ACREDITA QUE AS PROVAS USADAS PELA COMISSÃO PODERÃO SER DERRUBADAS PELA JUSTIÇA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: A aprovação da perda de mandato do ex-senador Demóstenes Torres de Goiás não encerra as investigações do envolvimento dele com o contraventor Carlos Ramos na CPI Mista do Cachoeira. O presidente da Comissão, senador Vital do Rêgo do PMDB da Paraíba, afirmou que a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico pode comprovar a ligação de Demóstenes com a organização criminosa. 

(Vital) Ele pode constar do relatório. A perda de mandato é resultante de uma ação interna do Senado. Ela o torna hoje um cidadão como qualquer outro, como já o era quando senador. O mandato é que ele perdeu. Ele pode ser citado no relatório se o relator entender conveniente. 

REP: O relator, deputado Odair Cunha do PT mineiro, destacou que Demóstenes Torres poderá aparecer na lista de indiciados no final das investigações. 

(Odair) Por toda investigação que a CPI já fez até esse momento, ficam evidentes os vínculos do senador Demóstenes com Carlos Cachoeira, chefe da organização criminosa. Temos que buscar as imputações criminais que Demóstenes Torres cometeu. Vamos continuar com o processo de investigação. 

REP: Mas o advogado de Demóstenes Torres, Antônio Castro, contestou o uso das gravações da Polícia Federal como provas contra o ex-senador.  

(Castro) Mesmo nas gravações, ainda que tenham sido feitas de forma inconstitucional e ilegal em relação ao Demóstenes, porque eles não tinham o foro competente para investigá-lo e gravar, os próprios procuradores e a Polícia Federal, em vários momentos, deixam tecnicamente consignado que ele não tinha nenhuma relação com a dita organização.  

REP: O ex-senador Demóstenes Torres compareceu à CPI, mas se valeu do direito constitucional de permanecer em silêncio. Na ocasião, ele argumentou que já tinha se pronunciado sobre as acusações em audiência pública no Conselho de Ética do Senado.
12/07/2012, 12h50 - ATUALIZADO EM 12/07/2012, 12h50
Duração de áudio: 02:03
Ao vivo
00:0000:00