Cláudio Monteiro abre seus sigilos fiscal, bancário e telefônico à CPI Mista — Rádio Senado

Cláudio Monteiro abre seus sigilos fiscal, bancário e telefônico à CPI Mista

LOC: A CPI MISTA DO CACHOEIRA OUVIU CLAUDIO MONTEIRO, EX-CHEFE DE GABINETE DO GOVERNADOR AGNELO QUEIROZ.

LOC: ELE NEGOU ENVOLVIMENTO COM O GRUPO DO CONTRAVENTOR E ENTREGOU À CPI DOCUMENTO PERMITINDO A QUEBRA DOS SIGILOS FISCAL, BANCÁRIO E TELEFÔNICO. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES:

TÉC: Apesar de estar protegido por habeas corpus concedido pelo STF garantindo-lhe o direito de ficar calado, o ex-chefe de gabinete não se recusou a falar à CPI. Cláudio Monteiro foi citado nas conversas gravadas pela Polícia Federal como possível facilitador do esquema de Cachoeira no GDF. Monteiro afirmou que tomou conhecimento do caso pela imprensa ao ser indagado por um jornalista a respeito de um equipamento que ele teria recebido para se comunicar com o grupo do contraventor. Ele desafiou a Polícia Federal a provar a existência do aparelho e de gravações de conversas dele. O ex-assessor de Agnelo, que era responsável pelas obras da Copa das Confederações e da Copa do Mundo disse também que nunca interferiu em licitações do GDF mesmo porque nunca foi responsável por elas. Cláudio Monteiro entregou à CPI um documento abrindo mão dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Disse também que fez questão de deixar o cargo no Governo do Distrito Federal para não dificultar as investigações.

(Cláudio): Porque a mim me interessa a apuração. A mim, aos meus amigos, aos meus familiares, as pessoas com quem convivo e a quem tenho que dar explicações todos os dias. Tomei uma série de ações que eram capazes de sem privilégio de foro, permitir essa investigação. 

(Repórter): O senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná elogiou a atitude de Monteiro.

(Álvaro Dias): Creio que essa é uma postura que todos nós temos que defender. Quem está sob suspeição deve se afastar da função e aguardar cabal e definitivo esclarecimento sobre os fatos...em relação a abertura dos sigilos da mesma forma e faço justiça também ao fato de não estar aqui lendo um script preparado por redatores escolhidos.

(Repórter): O ex-assessor de Agnelo afirmou ainda que nunca encontrou nem falou com Carlos Cachoeira. Admitiu que recebeu o ex-diretor da Delta, Cláudio Abreu, para tratar de contratos mas que naquela ocasião não poderia imaginar qualquer relação entre a empreiteira e o contraventor. Ao ser perguntado pelo relator sobre os motivos para a citação do nome dele nas conversas gravadas pela Polícia Federal, Monteiro disse que só poderia atribuir o fato a alguém que queria mostrar prestígio e proximidade com o Governo do Distrito Federal.
28/06/2012, 01h55 - ATUALIZADO EM 28/06/2012, 01h55
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