Brasil vai assumir presidência para buscar documento de consenso — Rádio Senado

Brasil vai assumir presidência para buscar documento de consenso

LOC: COM O IMPASSE NAS NEGOCIAÇÕES, O BRASIL VAI ASSUMIR NESTE SÁBADO A PRESIDÊNCIA DA RIO MAIS 20. O OBJETIVO É BUSCAR UM DOCUMENTO DE CONSENSO ENTRE OS 193 PAÍSES REUNIDOS NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. 

LOC: OS SENADORES DEFENDEM QUE O BRASIL DEVE TENTAR GARANTIR O SUCESSO DA CONFERÊNCIA. MAS ADMITEM QUE TEXTO FINAL DA RIO MAIS 20 PODE SER MODESTO. REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

(Repórter) Os diplomatas e técnicos dos governos de 193 países não conseguiram chegar a um acordo sobre a maior parte do texto que deve ser assinado pelos chefes de Estado na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento Sustentável. Com o impasse, o Brasil, que é o país sede do encontro, passa a presidir as negociações para tentar buscar um documento de consenso. O líder do governo no Senado, Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, espera que o Brasil seja protagonista nestas negociações para permitir o crescimento econômico com preservação ambiental. No entanto, Braga admite que a recente crise financeira internacional que atinge os países mais desenvolvidos pode impedir avanços e metas mais ousadas. 

(Eduardo Braga) “Eu espero que o governo brasileiro, com a sua liderança, com o protagonismo que possui em várias áreas da sustentabilidade, com a habilidade que é característica dos brasileiros, para que nós possamos superar os entraves e os impasses. Mas temos que ter consciência de que é um momento muito ruim para se avançar com relações a questões de investimentos no clima”. 

(Repórter) Entre os diversos pontos ainda sem consenso destacam-se a transferência de tecnologia para a produção de energia limpa e a criação de um fundo de 30 bilhões de dólares para financiar projetos sustentáveis em países mais pobres. Ainda há divergências na definição de termos que devem ser usados no documento final, como a chamada “economia verde”. O presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, concorda que o texto deve ser modesto 

(Rodrigo Rollemberg) “Nós temos de avançar ainda um pouco mais. Mas certamente a grande dificuldade será que os países que historicamente estão em uma situação financeira melhor estão neste momento passando por uma grande crise financeira. Sem dúvida isso vai dificultar as negociações e vai fazer que o documento final seja mais modesto do que gostaríamos que fosse”. 

(Repórter) O texto final da Rio+20 deve ser concluído e votado pelos chefes de Estado e representantes de 193 países entre os dias 20 e 22 de junho.
15/06/2012, 07h16 - ATUALIZADO EM 15/06/2012, 07h16
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