CPI formaliza quebra de sigilos dos governadores de Goiás e do DF — Rádio Senado

CPI formaliza quebra de sigilos dos governadores de Goiás e do DF

LOC: A CPI MISTA DO CACHOEIRA FORMALIZOU A QUEBRA DE SIGILOS DOS GOVERNADORES DE GOIÁS E DO DISTRITO FEDERAL, CITADOS NO INQUÉRITO QUE INVESTIGA O ESQUEMA DE CORRUPÇÃO DO CONTRAVENTOR CARLOS RAMOS.
 
LOC: MAS A OPOSIÇÃO LAMENTOU A DECISÃO DA MAIORIA DA BASE ALIADA DE ADIAR A CONVOCAÇÃO DO EX-DIRETOR DO DNIT E DO EX-PRESIDENTE DA CONSTRUTORA DELTA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Um dia depois de os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e de Goiás, Marconi Perillo, terem disponibilizado os seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, os integrantes da CPI Mista do Cachoeira formalizaram a quebra dos dados pelo prazo dos últimos dez anos. Agnelo Queiroz responde por ter pedido a prorrogação de contratos da empresa Delta, usada no esquema de Cachoeira para a lavagem de dinheiro. Marconi Perillo acabou investigado por suspeitas de que o contraventor Carlos Ramos comprou uma casa do governador goiano por meio de uma empresa de fachada. Exatamente para esclarecer o negócio, a CPI aprovou diversos requerimentos de convocação e de quebra de sigilos de empresas envolvidas no negócio e de pessoas ligadas ao governador goiano, entre elas, o ex-chefe de gabinete de Perillo, Lúcio Fiúza. Apesar da cobrança da oposição, a maioria da CPI, orientada pelo relator, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, decidiu adiar a votação dos requerimentos que convocam o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish, e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Luiz Pagot manifestou o desejo de falar à CPI sobre o suposto uso da Delta por partidos políticos para fazer caixa dois de campanha política. O senador Cássio Cunha Lima do PSDB da Paraíba acusou a base aliada de impedir a vinda dos dois por temer as revelações. O tucano afirmou que a oposição estava disposta a aprovar a convocação sem uma data definida.

(Cássio Cunha Lima) Aprova-se a convocação, posteriormente, o relator dentro das suas conveniências fixa uma data. Mas a aprovação estaria garantida porque seria uma sinalização positiva para a sociedade. O que se viu foi o governo usando sua maioria para evitar que alguém que deseja falar possa trazer informações relevantes para o andamento da CPI. 

(Repórter) O relator da CPI, deputado Odair Cunha, negou qualquer manobra política. Ele afirmou que quer analisar primeiro a documentação disponível para convocar futuramente Pagot e Cavendish.
 
(Odair Cunha) Nós não evitamos convocação nenhuma. Adiamos decisão sobre essa convocação. O que deve nos motivar é a análise dos documentos que temos em posse dessa CPMI. 

(Repórter) A CPI do Cachoeira não tem reuniões públicas previstas para a próxima semana, que será dedicada à análise dos documentos em poder da Comissão.
 
14/06/2012, 06h51 - ATUALIZADO EM 14/06/2012, 06h51
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