Na Alemanha, Requião defende que países da UE e Mercosul negociem em bloco — Rádio Senado

Na Alemanha, Requião defende que países da UE e Mercosul negociem em bloco

LOC: EM EVENTO NA ALEMANHA, O SENADOR ROBERTO REQUIÃO DEFENDEU QUE AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS ENTRE OS PAÍSES DO MERCOSUL E DA UNIÃO EUROPEIA SEJAM FEITAS EM BLOCO. 

LOC: O PRESIDENTE DA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA DO PARLAMENTO DO MERCOSUL RESSALTOU QUE A AMÉRICA LATINA NÃO PODE SER MERA EXPORTADORA DE MATÉRIAS PRIMAS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(REPÓRTER) Na reunião da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana, a Eurolat, nessa quinta e sexta-feira, em Hamburgo, na Alemanha, o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, tratou da crise financeira internacional. Ao comentar a situação econômica estável dos países da América Latina, o presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul defendeu que as negociações da União Europeia e dos Estados Unidos sejam feitas em bloco e não individualmente com os países do chamado Cone Sul, que incluem Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. 

(ROBERTO REQUIÃO) Nós tínhamos que conversar com o Mercosul, com o bloco, porque os acordos bilaterais nos enfraquecem. A política da América do Sul, do Cone Sul, a política do Brasil e da presidente Dilma, é de ampliação do comércio interno e de comércio intenso com os nossos países, e, além disso, a integração da Venezuela. E os países europeus querem acordos bilaterais com os países independentemente do bloco. Não é bom para nós. E é essa incompatibilidade que trouxemos à reunião. 

(REPÓRTER) Ao lembrar que o parque industrial brasileiro sofreu uma redução considerável nas últimas décadas, Roberto Requião disse que os países do Mercosul não podem ser meros vendedores de matérias-primas para a Europa e para os Estados Unidos. 

(ROBERTO REQUIÃO) Mas aquela política neoliberal em que seríamos meros fornecedores de mão de obra barata e de produtos naturais não nos serve. Nós queremos nos industrializar porque nossa soberania depende disso. Defendemos a unidade dos nossos países, a criação de um mercado sul-americano muito forte e a negociação em bloco. O Brasil não fará nada que poderá prejudicar o Paraguai, Uruguai e Argentina, que são nossos companheiros de Mercosul. 

(REPÓRTER) O senador Roberto Requião confirmou para os dias 18 e 25 de maio a realização de um ciclo de audiências do Parlasul no Senado brasileiro, que vão discutir os desafios e perspectivas para a América do Sul.
04/05/2012, 01h06 - ATUALIZADO EM 04/05/2012, 01h06
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