Presidentes das Comissões de Meio Ambiente esperam que Dilma vete novo texto — Rádio Senado

Presidentes das Comissões de Meio Ambiente esperam que Dilma vete novo texto

LOC: AS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE DO SENADO E DA CÂMARA BUSCAM SE ARTICULAR COM MOVIMENTOS SOCIAIS PARA QUE A PRESIDENTE DILMA VETE O “CÓDIGO FLORESTAL”. 

LOC: O TEXTO DO NOVO CÓDIGO FOI APROVADO NA NOITE DE QUARTA-FEIRA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS. A REPORTAGEM É DE SERGIO VIEIRA. 

TEC: Uma vitória para a bancada ruralista e uma derrota para os movimentos ambientalistas. Com esta ótica vem sendo analisado o texto final do novo Código Florestal, que depois de 10 anos no Congresso será enviado agora para a Sanção da Presidente da República. O texto final aprovado na Câmara recebeu vinte e uma mudanças em relação ao que havia sido aprovado no Senado. Diante desta situação o presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Rodrigo Rollemberg do PSB do Distrito Federal, acredita que a única saída é o veto da presidente Dilma ao projeto. 

(RODRIGO ROLLEMBERG): É absolutamente lamentável que os avanços realizados no Senado através de acordo tenham sido ignorados na Câmara. Lamentável, um profundo retrocesso, e nós entendemos que este acordo foi descumprido, e agora só resta o veto da Presidenta. 

(REPÓRTER): As duas Comissões realizaram uma reunião com representantes do Governo. O deputado Sarney Filho, do PV do Maranhão, presidente da Comissão na Câmara, confirma que busca uma articulação com os movimentos sociais e o objetivo é claro: eles pedem o veto integral ao texto. 

(SARNEY FILHO): Eu acredito que a presidente vai vetar. Todos os movimentos sociais, os ambientalistas, nós mesmos estamos começando um movimento forte para que a presidente Dilma possa vetar. Veto integral é o que nós queremos, eu acho que o relatório é muito ruim. 

(REPÓRTER): O texto do Código Florestal aprovado pela Câmara diminui o limite de recuperação da vegetação nas APPs - Áreas de Preservação Permanente. Também determina que as fazendas próximas aos rios pequenos, que tem até 10 metros de largura, vão ter que recuperar a mata ciliar em 15 metros de cada lado. Por outro lado, o Código é omisso em relação aos rios maiores. O texto final também deixa de classificar como APP os apicuns e salgados, onde é feita a produção de camarão. Essas áreas são vistas pelos ambientalistas como fundamentais para a preservação do meio ambiente.
26/04/2012, 12h13 - ATUALIZADO EM 26/04/2012, 12h13
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