Senadores da CAE manifestam apoio à redução da taxa de juros — Rádio Senado

Senadores da CAE manifestam apoio à redução da taxa de juros

LOC: DOIS SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS MANIFESTARAM APOIO À REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS, ANUNCIADA ONTEM PELO COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL.

LOC: MAS DELCÍDIO DO AMARAL E CYRO MIRANDA DIVERGEM EM RELAÇÃO AO MOMENTO EM QUE A MEDIDA FOI ADOTADA. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

(REPÓRTER) O Brasil voltou a ter uma taxa de juros abaixo de dez por cento, o que não acontecia desde junho de 2010. O Banco Central decidiu reduzir a Selic de dez e meio para nove vírgula 75 por cento ao ano. A queda de zero vírgula 75 ponto percentual recebeu o apoio do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul. Para ele, a medida veio na hora certa. 

(DELCÍDIO DO AMARAL) A redução de 0,75, nós já começamos a praticar no Brasil taxas de juros mais civilizadas. E num momento correto porque o Brasil precisa crescer e, com isso, criando melhores condições para você investir, especialmente no desafio da infraestrutura, que é tão necessário para o Brasil. 

(REPÓRTER) Outro senador da Comissão de Assuntos Econômicos, Cyro Miranda, do PSDB de Goiás, também considerou correta a decisão de baixar os juros. Mas ele acha que o Banco Central erra no ritmo da redução da taxa Selic, que, na opinião do senador, já deveria estar abaixo de oito por cento. 

(CYRO MIRANDA) Eles sabem que nós estamos vivendo uma crise internacional e que nós temos que acelerar esse processo. Nós temos que chegar rapidamente no mínimo a oito, entre sete e meio e oito. Esse vai ser um patamar que é onde o Banco Central vai estabilizar. Então se você tem que chegar nesse número, que chegue o mais rápido possível. Quem chega na frente bebe água limpa.

(REPÓRTER) Essa foi a quinta queda consecutiva da taxa de juros oficial do país, que veio na semana em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou dois números considerados preocupantes: a economia brasileira cresceu dois vírgula sete por cento em 2011, abaixo da expectativa do governo, e a atividade da indústria teve queda de dois vírgula um por cento em janeiro deste ano.
08/03/2012, 01h20 - ATUALIZADO EM 08/03/2012, 01h20
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