Ministro Fernando Bezerra nega favorecimento na distribuição de recursos
LOC: O MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL NEGOU, EM AUDIÊNCIA COM SENADORES E DEPUTADOS, FAVORECIMENTO A PERNAMBUCO NA DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS PARA A PREVENÇÃO DOS EFEITOS DE DESASTRES NATURAIS.
LOC: FERNANDO BEZERRA FOI OUVIDO NESTA QUINTA-FEIRA PELA COMISSÃO REPRESENTATIVA DO CONGRESSO NACIONAL, COMO INFORMA O REPÓRTER NILO BAIRROS.
(REPÓRTER) Fernando Bezerra afirmou que, diferente do noticiado, em 2011 a região sudeste ficou com mais da metade, 56% dos 2,2 bilhões de reais empenhados para o enfrentamento de tragédias climáticas. Segundo o ministro, o Nordeste ficou em segundo lugar, com 24%, seguido pelo sul, com 11%. O ranking de liberação de recursos entre estados também favoreceu o Sudeste, afirmou o ministro. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais levaram, segundo ele, 45% do bolo dos recursos. Bezerra usou dados de todos os ministérios que movimentam recursos para essa finalidade. E admitiu que sua pasta só pôde movimentar 12% desse dinheiro. Ele também foi questionado sobre supostos privilégios à sua família dentro do Ministério. No caso do irmão, que ocupava diretoria da Codevasf, a empresa que cuida do desenvolvimento do Vale do São Francisco, Fernando Bezerra disse que não se tratou de nepotismo, uma vez que não houve nomeação e que o irmão só ocupou o cargo por ser o diretor mais antigo da companhia. O ministro também negou que o filho, que é deputado federal, tenha sido o único parlamentar a ter 100% de emendas empenhadas, ou seja, com promessa de liberação de verba. Segundo Bezerra, outros 53 parlamentares de vários partidos igualmente tiveram todas as emendas empenhadas. As explicações não convenceram o líder do PSDB, senador Alvaro Dias, do Paraná, para quem o ministro desrespeitou a Constituição.
(ALVARO DIAS) Destinar recursos privilegiando parentes, atendendo interesses pessoais, familiares ou mesmo partidários afronta o princípio da impessoalidade da gestão pública e afronta o princípio da isonomia que deve existir no trato do interesse público.
(REPÓRTER) Já para o líder do PT, Humberto Costa, ficou claro que a distribuição de recursos não foi discriminatória. O senador, que é do mesmo estado de Bezerra, Pernambuco, elogiou o ministro pela destinação de dinheiro para construção de barragens que, segundo Humberto Costa, custam caro, mas são necessárias.
(HUMBERTO COSTA) Elas são fundamentais para que Pernambuco e Alagoas não sofram mais na pele o que nós sofremos em 2010 e 2011 e, Deus nos livre, mas poderemos sofrer ainda em 2012. O governo não poderia fazer um pedaço da barragem, ele precisava apresentar um projeto e uma proposta global e é isso que foi feito.
(REPÓRTER) O ministro da Integração Nacional também lembrou que até 2015 serão investidos 11,5 bilhões de reais em programa de gestão de riscos e prevenção a desastres. O principal foco do governo, segundo o ministro, serão os 251 municípios que apresentam mais áreas de risco.
LOC: FERNANDO BEZERRA FOI OUVIDO NESTA QUINTA-FEIRA PELA COMISSÃO REPRESENTATIVA DO CONGRESSO NACIONAL, COMO INFORMA O REPÓRTER NILO BAIRROS.
(REPÓRTER) Fernando Bezerra afirmou que, diferente do noticiado, em 2011 a região sudeste ficou com mais da metade, 56% dos 2,2 bilhões de reais empenhados para o enfrentamento de tragédias climáticas. Segundo o ministro, o Nordeste ficou em segundo lugar, com 24%, seguido pelo sul, com 11%. O ranking de liberação de recursos entre estados também favoreceu o Sudeste, afirmou o ministro. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais levaram, segundo ele, 45% do bolo dos recursos. Bezerra usou dados de todos os ministérios que movimentam recursos para essa finalidade. E admitiu que sua pasta só pôde movimentar 12% desse dinheiro. Ele também foi questionado sobre supostos privilégios à sua família dentro do Ministério. No caso do irmão, que ocupava diretoria da Codevasf, a empresa que cuida do desenvolvimento do Vale do São Francisco, Fernando Bezerra disse que não se tratou de nepotismo, uma vez que não houve nomeação e que o irmão só ocupou o cargo por ser o diretor mais antigo da companhia. O ministro também negou que o filho, que é deputado federal, tenha sido o único parlamentar a ter 100% de emendas empenhadas, ou seja, com promessa de liberação de verba. Segundo Bezerra, outros 53 parlamentares de vários partidos igualmente tiveram todas as emendas empenhadas. As explicações não convenceram o líder do PSDB, senador Alvaro Dias, do Paraná, para quem o ministro desrespeitou a Constituição.
(ALVARO DIAS) Destinar recursos privilegiando parentes, atendendo interesses pessoais, familiares ou mesmo partidários afronta o princípio da impessoalidade da gestão pública e afronta o princípio da isonomia que deve existir no trato do interesse público.
(REPÓRTER) Já para o líder do PT, Humberto Costa, ficou claro que a distribuição de recursos não foi discriminatória. O senador, que é do mesmo estado de Bezerra, Pernambuco, elogiou o ministro pela destinação de dinheiro para construção de barragens que, segundo Humberto Costa, custam caro, mas são necessárias.
(HUMBERTO COSTA) Elas são fundamentais para que Pernambuco e Alagoas não sofram mais na pele o que nós sofremos em 2010 e 2011 e, Deus nos livre, mas poderemos sofrer ainda em 2012. O governo não poderia fazer um pedaço da barragem, ele precisava apresentar um projeto e uma proposta global e é isso que foi feito.
(REPÓRTER) O ministro da Integração Nacional também lembrou que até 2015 serão investidos 11,5 bilhões de reais em programa de gestão de riscos e prevenção a desastres. O principal foco do governo, segundo o ministro, serão os 251 municípios que apresentam mais áreas de risco.
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